Outubro é o mês em que o Sol, até dia 24, transita a constelação de Balança, colocando o foco das energias no equilíbrio das relações políticas e financeiras. Depois, de 24 a 31, entra em Escorpião e a transformação das relações é inevitável.
O facto mais interessante do ponto de vista das sequências astrológicas é a quase repetição este mês da posição de Plutão, Neptuno, Urano e Marte nos horóscopos das questões europeias de Abril, Maio e Junho de 2010. Ou seja, questões levantadas nessa altura estão ainda em fase de resolução. E os dados actuais corroboram essa repetição planetária já que a crise grega nessa altura levava o país a pedir ajuda e aprovar pacotes de austeridade e a União Europeia a decidir apoiar Atenas e dar a primeira tranche do empréstimo de emergência para além de criar uma rede de segurança financeira para apoiar a Grécia e eventualmente Portugal e Espanha ou quem viesse a precisar. Em Portugal e Espanha e Itália anunciavam-se planos sucessivos de austeridade, as agências de notificação baixavam as classificações nacionais e a Alemanha bania unilateralmente a venda de títulos das suas 10 principais instituições financeiras e de títulos da zona euro.
Isto para demonstrar o paralelo com este mês de Outubro em que a Grécia, numa crise ainda mais agravada se esforça por definir planos de austeridade para obter o apoio europeu, em que a União pretende aumentar os fundos e meios de garantir uma rede de segurança financeira para o Euro, em que Portugal tem de aprovar um orçamento em que a austeridade imposta pela Troika domina as propostas e em que o papel da Alemanha continua a ser decisivo.
Ou seja, dois anos depois, a crise não está ultrapassada, há aspectos que se repetem, apesar da evolução e por isso a pressão é crescente para que se procedam a transformações estruturais profundas, impulsionadas pela aproximação de Plutão de graus chave dos horóscopos e pela contestação política e social de Urano. A grande diferença com a Primavera de 2010 é a posição de Saturno, então em Virgem e agora em Balança, que denota todo um esforço de reformulação dos acordos financeiros para equilibrar as contas europeias.
Neste quadro geral, há certos dias em que a actividade planetária é mais relevante, podendo no entanto os seus efeitos já se fazer sentir 48 horas antes:
1 e 2 de Outubro: A confusão e pouco sentido de defesa do interesse comum podem dominar as conversações sobre a estabilização do crise.
(Sol sextil a Marte a 8 graus de Balança/ Leão, oposto a Neptuno natal do Euro e Marte quadrado a Jupiter em Touro)
3, 4 e 5 de Outubroo- Abrem-se oportunidades de apoio à Grécia. Restruturação do plano da dívida grega e novos planos para resolver a crise em geral.
( vários aspectos favoráveis de Marte e Vénus conjunta a Plutão céu adesão grega)
6 e 7 de Outubro- Delimitação das obrigações de ambas as partes em novos acordos de contenção financeira e de apoio à Grécia. Definição e aprovação e definição de medidas de estabilização financeira para o Euro.
( Vénus op.Saturno cusp.VIII Euro 99
de 6 a 11 de Outubro– As dificuldades financeiras e nível das dividas portuguesa e espanholas assumem níveis que chamam de novo a atenção para a dimensão da crise em curso. O necessário apoio financeiro pode ser disponibilizado. Há grande intensidade negocial no sentido das reformas económicas e financeiras. Os acréscimos de fundos de resgate são possíveis.
( Plutão conj Vénus adesão Port, Esp, Vénus casa II em Esc.)
de 13 a 19 de Outubro – A organização das finanças, dívidas e apoios é particularmente premente nos céus das adesões de Portugal e Espanha. A volatilidade dos mercados pode ser grande. O esforço de contenção das despesas é enorme.
( Plutão/ Vénus , Vénus/ Marte , Vénus conj NS)
21 a 22 de Outubro– Iniciativas de contenção e contestação a elas na Grécia, Portugal e Espanha. O apoio à Grécia parece avançar.
( Vénus op Qr VIII C Gr e Marte trig Uran. casa III Port e Esp.)
25 a 29 de Outubro- Conflitos e especulação podem atingem a zona euro. Há debate e acções efectivas por parte dos parceiros comunitários, em particular os do Tratado de Roma.
( Vénus conj NN Trat. R., Marte op. Uran. V Euro e Marte trig Merc III. Ad Port e Esp)
30 e 31 de Outubro– Medidas de estabilização da crise por parte dos parceiros comunitários
( Marte trig Sat, sext Lua, conj NN Euro)
31 de Outubro- A situação na Grécia é critica, a contestação ou outras dificuldades imperam
( Mart quad Uran)
É também de referir os trânsitos dos planetas que poucos graus variam ao longo do mês ou não saem de signo.
Marte transita o Leão na casa XI, dos 7 aos 24 graus, impondo respostas criativas e inovadoras à crise, por parte dos parceiros europeus no sentido da projecção dos ideais de unidade.
Saturno, na casa I, entre os 18 e os 22 graus de Balança, todo o mês de Outubro, continua a forçar a União Europeia a redefinir a sua imagem e forma de projecção, através da correcção da organização e disciplina financeiras e justas relações entre países membros.
Saturno sextil a Urano e Mercúrio da adesão de Portugal e Espanha, no princípio e no final do mês estabiliza a especulação e dá oportunidade a acordos extraordinários.
Saturno conjunto a Plutão da adesão grega, a partir do final do mês impõe-se no controlo da dívida.
Jupiter, retrógrado em Touro, entre os 8 e os 5 graus, na casa VIII dos diferentes céus apela à poupança geral e à reciclagem e transformação dos bens. Faz trígono à Vénus do Euro e das adesões e Portugal e Espanha, a 7 graus de Capricórnio, o que favorece todo o trabalho jurídico, negociações financeiras e melhora as condições, em circunstâncias difíceis.
Urano, todo o mês retrógrado entre os 2 e os 1 graus de Carneiro, a transitar retrógrado a a cúspide da casa VII das relações contractuais e diplomáticas continua a interiorizar a pressão de liberdade nas relações entres os membros da Zona Euro e tambem a suscitar grandes manifestações de contestação social. Só entrará directo em Dezembro, a partir de quando a sua acção de ruptura tenderá a ter consequências.
Plutão, directo entre os 4 e 5 graus de Capricórnio, circula na Casa IV das raízes ou bases de entendimento e acentua a pressão crescente de transformação das estruturas das dívidas e da organização financeira de toda a Zona-Euro, num processo que não deverá estar concluído antes de 2015.
Pode ler sobre o quadro geral astrológico do Euro e das adesões da Grécia, Espanha e Portugal na página do menu ” A crise do Euro nos céus da UE” e ainda o calendário lato até 2013, noutra coluna deste blog.

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