Eclipses -notas

Os eclipses são, quando visíveis, dos fenómenos celestes com maior impacto na psique colectiva, desde sempre. No eclipse total da Lua, a Lua deixa de ser branca e passa a uma cor avermelhada, funda, e por todas as fases possíveis, durante um curto espaço de tempo durante o qual , quando o observamos, ficamos suspensos do reaparecimento da Luz, enquanto a sombra da Terra bloqueia o reflexo da Luz do Sol na superfície da Lua. Estando ou não a ver o eclipse em directo, o tempo antes, durante e de seguida é normalmente sentido como uma Lua Cheia em que se extremam energias, entre as do Sol força de vida e as da Lua, emocional, dependente. Nunca sabemos à partida se o eclipse nos vai ser favorável ou desfavorável, o costume é ver em que casa nos cai, se tem relação directa com algum planeta e intuir. Mas é possível entender melhor a natureza do eclipse porque apesar de acontecerem numa determinada ordem, tendem a ser inconsistentes no seu impacto ou expressão e o que é francamente relevante é o primeiro da serie a que pertencem.

Os eclipses revelam sempre polaridades, por signo e por casa e isto ajuda à análise da área de vida que está a ser martelada durante dezoito meses por seis eclipses sucessivos que trazem surpresas, fins, começos, perturbações da estabilidade dessas casas onde caem. Sabemos por isso onde mas não sabemos bem como. 

Os eclipses do Sol ocorrem nas Luas nova, os da Lua, nas Luas cheias. O que determina se há eclipse do Sol ou da Lua em qualquer uma destas fases é a posição dos Nódulos Lunares. 

Todos os planetas têm nódulos. Os Nódulos são os pontos da elíptica que a orbita dos planetas atravessam. A elíptica é a trajectória de órbita da Terra em torno do Sol.  Assim, o Sol e a Terra estão sempre no grau 0 da latitude celeste e os outros planetas do sistema solar ora estão numa latitude norte ou numa latitude sul – podemos visualizar como dois aros que se interceptam. Esses pontos a latitude norte ou sul em que as duas orbitas se cruzam são os Nódulos Norte e Sul- em que o planeta está a 0 graus da latitude celeste e por isso no mesmo plano que o Sol e a terra.  

Há Luas novas e Luas cheias de 14 em 14 dias e a Lua em trânsito faz conjunção a um dos Nódulos também todas as duas semanas mas para que ocorra um eclipse as duas coisas têm de acontecer ao mesmo tempo- estar uma Lua nova ou Cheia, em cima de um dos nódulos, ou seja conjunta aos eixos lunares. 

Com orbitas estimadas assim:

Para um eclipse so Sol é preciso:

Uma lua nova dentro de 18 graus 31 minutos do nodulo norte ou sul pode ser um eclipse parcial do Sol. Se a Lua nova fica cerca de 10 graus de qualquer um dos nódulos o eclipse do Sol pode ser total ou parcial.

Para um eclipse parcial da Lua é preciso:

uma Lua Cheia que ocorra entre 12 e 15 graus de qualquer um dos nódulos pode ser um eclipse parcial. Se a Lua  Cheia estiver a 9.30 de qualquer um dos nódulos há um eclipse parcial. Se a Lua Cheia estiver entre 3 e 6 graus dos nódulos, o eclipse pode ser parcial ou total.

Assim, e dadas aquelas orbitas, cada vez que o Sol no seu percurso se aproxima de uma conjunção ao eixo lunar , uma, duas ou três das luas novas ou cheias desse período vão ser eclipses. 

O sol cruza os eixos duas vezes por ano, de seis em seis meses, ora no Nódulo norte ora no Sul e assim há duas estações de eclipses quando o Sol se aproxima de menos de 18 graus de qualquer um dos nódulos. A partir daqui, demora 36 dias a atravessar os nódulos ou seja  anda outros 18 graus de afastamento dos nódulos, por isso, a estação de eclipses é de cerca de 36 dias e qualquer lua nova ou cheia neste período dentro das orbitas descritas é eclipsada. 

Estas estações não são fixas já a que o eixo lunar transita retrógrado pelo zodíaco ao ritmo de 1 grau e meio por mês. Por isso as estações dos eclipses apesar de serem sempre afastadas de seis meses, podem ocorrer em qualquer altura do ano, seguindo o trânsito dos nódulos retrogrado pelo zodíaco. 

https://www.solar-eclipse.info/en/saros/

https://eclipsewise.com/lunar/LEsaros/LEsaros131.html

Assim, um eclipse da Lua acontece quando a Lua atravessa a sombra da Terra. Por ano há pelo menos dois e podem ocorrer até cinco. A sua periodicidade é determinada pelo ciclo Saros a que pertence- são ciclos de 18 anos e 11 dias e 8 horas. Cada série pode durar de 12 a 15 séculos e contem entre  70 a 80 eclipses. Cada série começa com eclipses de penumbra da Lua, depois tem umas dezenas de eclipses parciais,  depois outras dezenas de eclipses totais, até começar a serie a decrescer com eclipses parciais até de novo a eclipses de penumbra e terminar.

Em resumo, cada eclipse pertence a uma série Saros,  cada serie saros produz cada 18 anos um eclipse no mesmo cruzamento dos nódulos lunares, cada eclipse saros move-se entre 10 e 11 graus em longitude zodiacal, cada eclipse saros tem uma data de origem precisa, e um percuso de uma média de 13 séculos.  Bernardette Bardy, astrónoma e astróloga descobriu que cada eclipse de uma serie Saros exprime a energia do eclipse original da serie. Há umas series mais simpáticas e outras mais funestas. Todas começam num polo norte ou sul, sejam eclipses do Sol ou da Lua. As séries Saros lunares duram 800 anos e dao 45 a 47 eclipses por serie. 

Portanto o impacto de um eclipse, não depende da interpretação do astrólogo- um eclipse é o que é – desde a sua origem. 

O de dia 16 foi um eclipse da serie saros 131.

O dia de dia 30 de Abril foi da série Saros  119 e foi o número 66 dos 71 que vai haver nesta série.

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