Depois de termos procurado a verdade interior através da reflexão ou do confronto com o mundo, graças à passagem da Lua por Sagitário nos dois últimos dias, a sua entrada hoje em Capricórnio força-nos a lidar com as estruturas da realidade, o poder, a lei e a sentir a a nossa segurança condicionada pela ordem maior das coisas. O enquadramento filosófico ou busca espiritual proporcionado pela Lua em Sagitário, o fogo das ideias e a capacidade de dizermos ao mundo como acreditamos que as coisas são, hoje, a partir das cinco da tarde, transformam-se numa emoção reservada, consciente dos limites do tempo e da necessidade de planeamento sem lugar a espontaneidade. Esta Lua favorece obviamente todas as actividades que exigam definição de objectivos, construção de estruturas ou gestão produtiva. Mas obriga-nos também a controlar as emoções e a procurar a segurança nos planos ou perspectivas a longo prazo.
Esse domínio da tensão e necessidade de focar os aspectos práticos começa, pela tarde, com impacto emocional e confronta-nos, pela noite, com inevitabilidade da mudança das circunstâncias. Isto porque a Lua, assim que entra em Capricórnio, toca a quadratura lenta entre Urano e Plutão, conflito que se prolonga desde o Verão e se projecta para 2012, entre liberdade radical e transformação lenta das condições. Começamos por perceber que as condições não são mais as mesmas, ou porque assim o exigimos ou porque somos sujeitos a forças maiores para logo de seguida sermos obrigados a ir mais fundo na nossa estrutura emocional ou colectiva e aceitarmos e ajustarmo-nos à nova ordem das coisas.
A chave está no último aspecto que a Lua faz esta noite depois do confronto com as forças de mudança, quando entra em trígono a Júpiter e mostra que o caminho está na compaixão, na harmonia familiar ou social e na incorporação das verdades interiores (apercebidas na véspera com a Lua em Sagitário), na nova ordem das coisas, hoje. Com a Lua e Jupiter em signos de Terra, respectivamente Capricórnio e Touro, a orientação das actividades para acções de resultado palpável, concreto, que envolvam família, solidariedade social, organização doméstica ou territorial é naturalmente a expressão mais positiva deste trânsito.

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