A Lua Nova e eclipse anular do Sol a 0 graus de Gémeos na noite de 20 de Maio e o eclipse parcial da Lua Cheia 14 graus de Sagitário a 4 de Junho incidem em pontos importantes dos horóscopos europeus e revelam mais insidiosamente o que já tinham acentuado quando estiveram nos pontos opostos no eclipse parcial do Sol a 2 graus de Sagitário, a 25 de Novembro passado, e dias depois no eclipse total da Lua a 18 graus de Gémeos a 10 de Dezembro ilustrando crise e rutura.
Ou seja, estes eclipses de 20 de Maio e de 4 de Junho são novas etapas marcantes dos processos abertos entre o final de Novembro e o príncípio de Dezembro de 2011, respectivamente, a 25 de Novembro, o agravamento generalizado da crise com a procura de financiamento por parte da Espanha, o agravamento da dívida grega, a necessidade da Itália recorrer aos mercados a taxas elevadissimas e a avaliação em baixa da Bélgica, para além de quedas acentuadas nas bolsas e, a 10 de Dezembro, exactamente 20 anos depois dos dirigentes europeus terem assinado o Tratado que deu origem à União Europeia, a Chefe de Governo alemã tenta persuadir os seus parceiros no Conselho Europeu a subscreverem um acordo que obriga a novas regras de austeridade. Neste Conselho de Dezembro dá-se a primeira cisão: dos 27 países membros a Grã-Bretanha e a Hungria recusam a aceitar tar acordo e a Irlanda decide fazer um referendo.
É interesse verificar que agora, tal como em Novembro e Dezembro do ano passado, Marte está nos mesmos graus de Virgem ( por ter estado entretanto retrógrado) e Saturno também continua, pela mesma razão, no mesmos graus de Balança. Significa isto que a determinação política e acção se manifestam com atenção ao detalhe podendo esquecer o quadro geral e que é particularmente dificil o esforço de equilibrio das relações.
O resto do quadro astral está em pontos bastante menos harmoniosos. Pleo lado do Sol, as ideias de regeneração do Escorpião e projecção de futuro do Sagitário – do final do ano passado – são agora as polaridades dos Gémeos e a defesa dos interesses nacionais do Caranguejo, o desejo de expansão de riqueza com Júpiter em Touro passa em meados de Junho para um excesso e comunicação e ambivalência em Gémeos, Neptuno retrógrado em Peixes obriga a repensar os idealismos universais e, o mais grave, é a quadratura exacta de Urano a Plutão a partir do início de Junho que potencia contestação, rutura das estruturas de poder existentes, transformações radicais dos paradigmas socio-politico-financeiros existentes. Urano e Plutão vão depois deste mês de Junho e até 2015 fazer sete quadraturas entre si, marcando o calendário dessas mudanças globais.
Só para recordar exemplos do que significam os toques de Urano a Plutão vemos que na oposição de 1787 a 1789 se deu a Revolução Francesa, na oposição de 1896 a 1907 se deu a Revolução Bolchevique, na quadratura de 1932 a 1934, foi descoberto o neutrão que deu origem à bomba atómica e Hitler subiu ao poder, na conjunção de 1965/66 foi o auge da guerra fria, o Vietnam e a revolução Hippie. Podemos por isso esperar po grandes reviravoltas na cultura, contracultura, inovação tecnológica e viragens na balança de poder. E estamos agora mesmo em pleno no arranque dessas transformações colectivas.
É neste cenário astral que decorre a Cimeira do G8 e Cimeira da Nato na Lua Nova de 20 de Maio, seguindo-se a 31 de Maio o referendo na Irlanda sobre a assinatura do pacto de controlo orçamental e austeridade europeu. Os EUA legalizam o casamento homosexual na Lua Cheia de 4 de Junho ( o eclipse tem lugar exactamente no eixo ascendente-descendente dos EUA!). Em plena quadratura Urano Plutão têm lugar as eleições na Grécia a 17 de Junho ( em que os partidos extremistas que se opõe as exigências de austeridade europeia podem vencer e querer sair da zona Euro) e decorre a Cimeira Europeia de 28 de Junho.
No final de Maio, depois do eclipse em Gémeos o debate só pode ser polarizado. É interessante referir que a reunião do G8 terminou já sob esta influência dado que os chefes de estado e de governo presentes estiveram divididos entre a opção de austeridade e a opção de estímulo para resolver a crise global. Hollande versus Merkel e a reservas britânicas e irlandesas são os agentes desta ambivalência.
Um eclipse do Sol anuncia quedas de poder e um eclipse da Lua respostas emocionais. O efeito de um eclipse faz sentir-se durante a lunação e o seu impacto pode durar meses. Não podemos esquecer que o eclipse da Lua de 4 de Junho não vem sozinho. Outros aspectos o influenciam. Em primeiro lugar há que referir no dia seguinte uma ocultação de Vénus, planeta das finanças e das relações que já se encontra retrógrado desde 15 de Maio. E ainda uma quadratura de Marte a Vénus apontando para conflitos nas áreas que Vénus rege. Assim, a exacerbação dos sentimentos de insegurança pessoais e nacionais suscitados pelo eclipse é ainda mais carregada por esta ocultação e quadratura de Vénus que põe em causa acordos, tratados e exige nova avaliação das finanças e das relações.
Novos empréstimos e intervenção financeira externa em Espanha, a Portugal, Itália e Irlanda e reavalição da Grécia são fortes possibilidades neste período. Esforços de adopção de legislação que simultaneamente garanta austeridade e permita estimular a econonia serão mais prementes a partir de 13 de Junho quando Júpiter entrar em Gémeos. Este aspecto também pode simblizar duas realidades jurídicas antagónicas mas co-existentes. Como é tambem nesta altura que decorrem as eleições na Grécia e como nesse dia Plutão e a Lua estão em quincúnciuo – o que abre a possibilidade da diferença- , é provavel que os resultados eleitorais abram caminho para a reformulação de acordos existentes. A contestação social generalizada tem novo alento com o eclipse da Lua e a quadratura.
Com Saturno a entrar directo em vésperas da Cimeira Europeia de 28 de Junho, todos os dados vão estar na mesa para que as divisões existentes possam ainda tentar ser acomodadas.…. as cenas mais importantes dos próximos episódios passam nos eclipses de 13 e 28 Novembro deste ano e no de 25 de Maio de 2013...

Deixe um comentário