Começamos hoje uma nova fase nas nossas dependências familiares ou nacionais e temos também de retomar o caminho de novas responsabilidades face ao que partilhamos, sejam bens materiais, poderes ou dívidas. É dia de Lua Nova em Caranguejo e Saturno entra directo em Escorpião, depois de estar retrógrado desde meados de Fevereiro, tempo em que interiorizamos o era ou não ainda possível fazer nessas áreas regidas pelo Escorpião e que agora há que encarar com novos planos a longo prazo. A Lua nova em Caranguejo lança-nos na criação de novas bases de segurança depois das turbulências da sua posição anterior assim como do Sol na activação da quadratura de Urano a Plutão que nos impediram de prosseguir em terreno protegido. Arrancamos assim para este novo ciclo fragilizados, em busca de outro modo de coexistir e criar raízes e desgastados pelas emoções profundas que esta Lua por conjunção a Mercúrio retrógrado atiça com velhas questões que vêm a lume para ser resolvidas antes que se possa francamente avançar no caminho da regeneração. Aliás, Mercúrio estará retrógrado em Caranguejo até dia 21, vésperas da próxima Lua Cheia e será este o tempo necessário a partir toda a pedra sobre o caminho que há que percorrer. Nada é claro neste arranque de ciclos, apenas que nada será como dantes.
Se olharmos para o horóscopo da república Portuguesa – neste blog artigo ” Portugal Político nos Astros, parte I, II e III” em vemos que Saturno ao entrar directo não só fica conjunto à Lua natal desse horóscopo como faz oposição a Saturno natal.
Este trânsito já ocorreu no passado entre 1953 e 1955, anos em que Portugal começou a perder o seu território e poder como nação colonial, com a queda de Dadra e Nagar-Haveli na Índia, o fim do Padroado do Oriente e a integração na comunidade internacional com a entrada da ONU em 1955 que vulnerabilizou ainda mais a política colonial do Estado Novo. Neste período por se agravar a contestação ao regime agravou-se também a repressão interna.
A segunda vez que exactamente o mesmo trânsito ocorreu foi em 1983, quando depois do presidente Eanes dissolver a Assembleia,as eleições deram a vitória a Mário Soares e o FMI entrou pela segunda vez em Portugal com um resgate de 750 milhões, grandes cortes de despesas e restruturação económica que acabam com a entrada de Portugal na CEE com Saturno ainda em Escorpião em Janeiro de 1985.
Que esperar desta terceira passagem de Saturno no Ascendente, conjunção à Lua, oposição a Saturno natal e oposição ao Nódulo norte na VII, processo que começou em Outubro de 2012 e dura até finais de 2014, juntamente com a activação da quadratura de Urano a Plutão sobre o Sol da república?
Pois certamente nova redução do poder nacional, novo governo ou governos, mais contestação interna e dificuldades financeiras, tudo que já sabemos que se tem estado a agravar, não havendo grande risco nesta previsão….. podemos apenas ver-lhe o fim, lá para Novembro de 2014 e contar talvez também como aconteceu de ambas as vezes anteriores com a integração maior de Portugal em organismos internacionais ou europeus, reduzindo soberania, ganhando interdependência?

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