Terça, 17/6- Falar para entender

O foco está na comunicação, contactos e trocas sobre o que há que re-avaliar, acabar de fazer ou re-orientar. A mente está ultra estimulada com Mercúrio conjunto ao Sol em Gémeos, hoje e nos próximos dois dias, o que nos leva também a identificar com tudo o que pensamos, tendo dificuldade em guardar distância crítica. Mercúrio está retrógrado, saíu de Caranguejo para voltar a Gémeos, o que acentua a curiosidade e a necessidade de discutir questões racionais sobre todos os ângulos em vez de estarmos só centrados em questões domésticas ou do foro íntimo. Agora é tempo de ir ao re-encontro dos outros e das ideias. Um grande trígono de Ar entre o Sol conjunto a Mercúrio em Gémeos, a Lua em Aquário e o Nódulo Norte em Balança dá um sinal claro de que estamos a retomar contactos com o colectivo, ou por causa do que se está a passar em geral, atentos a como inovar e para isso estamos prontos a fazer novas alianças, acordos, re-definir equilíbrios de poder nas relações pessoais, financeiras ou políticas. Este conjunto de aspectos pode fazer ver luz e esclarecer muita coisa.
O contraparalelo de Mercúrio a Plutão em Capricórnio acentua a pressão para ir mais fundo na procura das respostas e isso tanto passa pela introspecção como pela cuidada avaliação das posições alheias e dos poderes vigentes. Pela tarde a Lua entra em Peixes e a sensibilidade fica exacerbada. Tanto absorvemos que nem esponjas as vibrações que nos rodeiam que podemos perder objetividade sobre o que é mesmo importante para nós próprios. Ver em tudo um filme, sentir compaixão, viver fantasias mas também a idealização exacerbada, fundamentalismos ou experiências místicas são mais prováveis quando a Lua transita os Peixes, mais ainda quando caminha para uma conjunção a Neptuno. Assim, a partir da tarde por um lado temos a mente a funcionar certeira mas por outro a emoção a navegar águas fundas. Há que por uma ao serviço da outra e o todo ao serviço do bem comum.

A tela representa São Bernardino and São João Capristano e é do pintor Alonzo Cano  Cano, espanhol, nascido em Granada (19 Março 1601 – 3 Setembro 1667).