Hoje é daqueles dias em que temos de esperar o inesperado, em que se confrontam monólogos e diálogos, o razoável e o radical, acordos e desacordos, a paz e a guerra. Podemos ter rasgos súbitos de compreensão do que pretendem de nós ou fazer curto-circuito e estoirar o entendimento. Revelações transformadoras ou informações conflituosas, são perspectivas possíveis de Mercúrio em Balança oposto a Urano em Carneiro, depois de Mercúrio ter activado desde segunda feira a quadratura a Plutão – que nos levou ao debate intenso sobre a transformação das estruturas de vida, da sociedade, das finanças e do poder.
O que torna ainda mais forte essa tensão entre harmonia e rompantes é a passagem de Marte de Escorpião para Sagitário, na madrugada de domingo. Marte entra no signo regido por Júpiter e só queremos ouvir e seguir a nossa própria verdade, clamá-la aos sete ventos e expandir horizontes de conhecimento, energias individualistas reforçadas pela presença de Júpiter em trânsito em trígono a Urano em Carneiro. Todo este clamor prende-se com a necessidade de garantias palpáveis de que estamos no caminho certo para a tão desejada revolução tranquila e estabilidade a que aspiramos, hoje tal como ontem, com um grande trígono de terra com a Lua em Touro, Sol em Virgem e Plutão em Capricórnio. No entanto não podemos esquecer dois factores: por um lado temos de contar com forças maiores que nos limitam, simbolizadas por Saturno em Escorpião, e por outro temos o Nódulo Norte em Balança – regido por Vénus que está em trígono a Plutão – e que obriga a procurar chegarmos a equilíbrios de interesses que sirvam ambas as partes, no decorrer das acções transformadoras em curso.
A tela é do pintor inglês do sec. XIX Leonard Taylor Campbell


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