Neste domingo podemos sentir profundamente o que separa casa, família, do que são as obrigações profissionais ou responsabilidades a assumir, podemos estar divididos entre o que dá segurança e o que dá prestígio, podemos hesitar entre o rotineiro e uma ordem mais ambiciosa, entre a necessidade de segurança e a ambição de controlar. Em qualquer caso, não nos podemos ficar pela polarização de emoções, há que apostar em desenvolver novos padrões de sentir, pensamento e acção, a partir dos quais ganharemos nova segurança. Seja assim a nível pessoal, seja a nível colectivo com o confronto entre governos e oposições, entre a ordem estabelecida e o sentimento nacional, há que assumir a divergência de interesses, carências, pulsões e fazer qualquer coisa para a resolver, sem fantasias, com dádiva, por amor à liberdade e ao bem estar geral. É a Lua Cheia em Caranguejo que se encaixa na quadratura de Urano a Plutão- o Sol em Capricórnio conjunto a Plutão exige novas maneiras de estar, nova ordem, administração, governo, interdependências, gestão de poder e de dívidas, face à Lua em Caranguejo que deseja um máximo de segurança emocional, quer tranquilizar os instintos mas se vê abalada pela oposição a Plutão e pela quadratura a Urano em Carneiro, agente provocador de rupturas. Há que mudar, apostar no futuro e fazê-lo de forma a que, com Saturno em Sagitário quadrado a Neptuno em Peixes e sextil a Venus em Aquário, possamos tornar sonhos realidade com base em princípios bem definidos que respeitem os interesses dos grupos em que nos inserimos, numa sociedade livre. Esta Lua cheia está relacionada com o eclipse de 8 de Outubro e está também ligada com o eclipse de Abril próximo. O que tivemos de aprofundar nesse eclipse da Lua no Outono, estamos agora a resolver nesta Lua Cheia de Janeiro para podermos novamente aprofundar no eclipse da Lua na Primavera. São calendários de evolução de consciência e prática, semáforos das transformações estruturais em curso.
A tela é do pintor russo, pai do abstracto, Vassili Kandinsky, sec.XX, 1933.


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