Complicado…. Este final de Julho é mais um princípio de um período charneira de revisão de desejos, parcerias, investimentos, alianças do que um ponto final num mês de grandes tensões… A lógica disto prende-se com vários aspectos astrais que se começaram a conjugar no fim-de-semana de 22 e 23 de Julho. O planeta que mais tem a ver com tudo é Plutão, o mais pequeno, mesmo anão, mas mais potente provocador de metamorfoses na ordem das coisas.
O pano de fundo é a quadratura entre Plutão e os Nódulos. Se os Nódulos apontam o caminho que temos de fazer integrando o passado- Nódulo Sul – na promoção do futuro- Nódulo Norte, uma quadratura de Plutão a esse eixo é factor de grande dificuldade, resistência, medos e visão de ameaças…Como esta quadratura se passa nos signos cardinais, signos de acção, tem de haver consequências, acção, impacto real deste desafio entre o potencial transformador e a mudança de atitude que requer a mudança. Plutão está retrógrado em Capricórnio e os Nódulos vão da Balança para o Carneiro, de Vénus para Marte, sendo que Marte e Saturno que rege o Capricórnio estão em simultâneo em oposição, entre a Virgem e os Peixes: percebemos que as velhas ideias não têm aplicação prática, sentimos um bloqueio conceptual e isto dificulta ainda mais ter a energia dirigida para uma acção que não é ainda clara.
No entanto, a oposição de Plutão ao Sol no fim de semana de 24, foi bem clara no seu propósito- a velha segurança domestica, nacional acabou com o Sol nos últimos graus do Caranguejo, depois de a Lua Nova de Caranguejo ter mostrado ser o tempo de criar novas bases de governo das nossas vidas. De seguida o Sol entrou em Leão, tempo de mostrarmos as garras mas não o conseguimos ainda fazer. Reina a insegurança e a necessidade de rever amarras, preferencias, investimentos e alianças, com Vénus a entrar retrógrada em Leão, esta segunda feira dia 24, em quincúncio a Plutão. Vénus vai estar retrógrada até 5 de Setembro e volta a fazer quincúncio a Plutão a 6 de Outubro e fecha este ciclo de tensão com Plutão na segunda quinzena de Fevereiro do ano que vem em que Venus e Marte fazem conjunção a Plutão nos 0 graus de Aquário. Ou seja, com oscilações temos pela frente seis meses e meio para preparar um novo ciclo de relações, alianças, investimentos e afirmação colectiva. Não há que ter pressa, há que reflectir e cuidar cada passo em direcção a um futuro diferente. Controlar a compulsividade, as chamadas de atenção, o receio de traição é dar espaço a uma nova maturidade na escolha do que vale a pena perseguir, defender, alcançar, com o Nódulo Norte em Carneiro oposto ao Sul em Balança que Vénus. Esta necessidade de novos valores é coadjuvada pelo trígono a Plutão de Urano em Touro- regido por Vénus que mostrará os seus resultados quando estiverem em trígono exacto de Gémeos para Aquário no Outono de 2025. Entender este percurso ajuda a perceber o papel fundamental da comunicação e dos meios tecnológicos – incluido a inteligência artificial – como veiculo de resolução de todas as crises.
Uma vez mais Plutão é crucial esta semana quando Mercúrio -o planeta da comunicação, movimento ou lógica -lhe fizer oposição dia 28, antes de entrar em Virgem. Mercúrio começa por fazer quadratura a Urano na terça 23, as percepções mudam e a nova lógica entra em movimento na oposição a Plutão na sexta feira. Tomadas as decisões, afinadas as ligações, é dar toda a atenção aos detalhes de viagem, contas e negócios, até ás contagem de votos, no fim do mês!
Da Balança ao Capricórnio, num quarto crescente até à Lua Cheia no dia 1 de Agosto, a Lua vai, ao longo desta semana mostrar-nos os limites da actuação ou obstáculos aos propósitos lançados na Lua Nova. Primeiro será a dificuldade de acordos equilibrados e o receio de conflito, de seguida a necessidade de aceitar rupturas ou inovações inesperadas, e no final da semana a busca da verdade, do caminho de futuro. A reflexão sobre os valores a defender e o controlo de reacções irracionais são o tema lançado pela Vénus retrógrada esta semana em quincúncio a Plutão. O que podemos ou não podemos, devemos ou não devemos será mais claro em meados de Outubro. É complicado, vamos sem pressa…
Tela do pintor mexicano Fernandez Ortega









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