É difícil falar dos trânsitos desta semana sem ter a perspectiva maior do resto do mês, até mesmo à Lua Nova em Escorpião no dia 1 de Novembro…e mais para a frente ainda..
Estamos no tempo entre o eclipse anular do Sol na Lua Nova de dia 2 de Outubro- que se extrema na Lua Cheia em Carneiro, no dia 17 – e a Lua Nova de Escorpião no arranque de Novembro. Marte é o planeta em foco: Ficou próximo da quadratura ao eclipse, é o regente da próxima Lua cheia e da próxima Lua Nova e entra, esta semana, na chamada zona de sombra do seu trânsito, a partir desta segunda feira, a 17 graus de Caranguejo, até dia 7 de Dezembro em 6 graus de Leão. Nesse dia 7 de Dezembro entra retrógrado. Durante o que vai ser uma longa retrogradação, volta a Caranguejo a 7 de Janeiro e aos mesmos 17 graus de Caranguejo -em que está esta semana no dia 25 de Fevereiro, -dia em que entra directo, sendo que só a 2 de Maio volta à posição dos 6 graus de Leão em que ficou retrógrado. Porquê tanta explicação?
Marte, o astro vermelho, deus romano da raiva, paixão e destruição e defesa da agricultura, é o planeta que simboliza em astrologia afirmação da vontade, a iniciativa da guerra. Vimos que Marte ficou em órbita de quadratura à conjunção do Sol e da Lua no eclipse de dia 2 passado : intensificou-se seriamente o conflito no Médio Oriente e entre a Federação Rússia e a Ucrânia, enquanto que nos EUA um juiz revelou novos detalhes da interferência de Trump no ataque ao Capitólio, nas eleições anteriores. Marte vai continuar a fazer aspectos tensos, bastante tensos, a vários planetas, durante toda esta lunação e por aí fora, até terminar a sombra da sua retrogradação. Ou seja, os conflitos em curso e as disputadas eleições americanas no princípio de Novembro a seguir à Lua Nova de Escorpião, a contagem formal dos seus resultados em frente do Congresso a 6 de Janeiro etc, tudo está sob a influência de Marte. Nada será pacífico. Que fique aqui assinalado também que na Lua Nova de Escorpião e até 4 de Novembro Marte está em Caranguejo em oposição a Plutão em Capricórnio. Esta oposição particularmente transformadora ocorre de seguida em graus exactos entre 1 e 4 de Janeiro e ainda a 23, 24 e 25 de Abril, poucos dias antes de Marte sair da sombra. É um calendário a seguir, observando os desenvolvimentos politico/militares do mundo e as nossas próprias vidas conforme as casas onde temos os últimos graus de Caranguejo e Capricórnio e primeiros de Leão e de Aquário.
Dentro deste quadro, que abarca alguns meses, temos esta semana outros temas que também vão pontuar os acontecimentos. São eles a entrada de Júpiter retrógrado a 21 graus de Gémeos e o ingresso directo de Plutão nos 29 graus de Capricórnio. Júpiter fica retrógrado até 5 de Fevereiro e só volta aos 21 graus de Gémeos depois da oposição de Marte e Plutão no final de Abril. Plutão entra definitivamente em Aquário na terceira semana de Novembro no dia em que a Lua em Leão lhe faz oposição , depois de Saturno ter também entrado directo a 12 de Peixes a 17 de Novembro.
Tudo isto para deixar no mínimo a impressão de quão intensos são os trânsitos planetários dos próximos seis meses sendo que o mote está a ser dado agora na combinação de vários aspectos nos quais Marte vai ter um papel chave. E as economias, os dinheiros, no meio disto? Duas datas para já a assinalar: a da oposição entre Vénus em Escorpião e Urano em Touro por volta de 15 de Outubro -com Marte já na orbita de oposição a Plutão que se prolonga ate Novembro – e a oposição de Vénus a Plutão cerca do fim-de -semana de 7 de Dezembro.. quando Marte entra retrógrado…
Esta semana abre com o fim da quadratura entre Marte e Mercúrio que durava desde sábado e deve ficar terminada a discussão sobre a acção a seguir. Dia 8, terça feira, Mercúrio em Balança faz trígono a Júpiter em Gémeos, valorizamos liberdade de opções mas a oposição a Quíron diz-nos que há desejo de acção por executar mas quem sabe se não poderão coexistir diálogo e acção já que Vénus em Escorpião está em trígono a Marte? De facto, é como se a razão e a acção estivessem em uníssono e pudéssemos levar por diante as iniciativas, mesmo bélicas desejadas… enquanto dialogamos, mesmo connosco próprios… Esse diálogo pessoal sobre as nossas opções -e colectivo sobre a ambiguidade da comunicação a que estamos sujeitos – aprofunda-se a partir de dia 9, dia em que Júpiter fica retrógrado até Fevereiro.
Dia 12 é Plutão que entra directo em Capricórnio e com a intensidade própria dos tempos de viragem de direcção irá levar à destruição das estruturas políticas e sociais que não sirvam o seu futuro próximo em Aquário. Recordemos que quando Plutão entrou em capricórnio em 2009 entrou com o estrondo da crise bancária americana e internacional e a criação da Bitcoin. Até meados de Novembro quando mudará para Aquário assistiremos certamente a alguns colapsos que faltam para que a agenda de Plutão fique completa e alguns desenvolvimentos estruturais que permitam lançar as bases da nova cena política social e financeira a ser formulada nos próximos 20 anos de trânsito de Plutão no signo do colectivo.
Domingo 13 Mercúrio faz quadratura a Plutão antes de sair de Balança e entrar em Escorpião. A linguagem torna-se radical, queremos executar, controlar tudo é expresso muito deliberadamente, analisando primeiro o fundo das questões e intensamente articulando as possibilidades de transformação. É também urgente porque nesse mesmo domingo e segunda 14 o Sol em Balança chega à quadratura exacta a Marte que tive início do eclipse de 2 de Outubro…. São ondas de impactos, correntes profundas e conflitos à tona que se desenrolam em planos múltiplos que a todos, de uma forma ou doutra, tocam.
Uma boa semana, com contenção…
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