Definir quem somos em tempo de crise

Na véspera da Lua Nova em Escorpião, a 31 de Outubro, a CNN divulgou imagens do asteróide e lua de Marte, Phobos, a eclipsar a luz do Sol sobre o planeta. Marte simboliza a afirmação, a defesa, a guerra e Phobos é o deus grego do medo da guerra. Phobos tem um irmão, Daemos, o deus do terror da guerra… Ambos acompanham o pai Ares nas suas batalhas…

As imagens foram capturadas a 30 de Setembro mas, nem de propósito, são agora divulgadas… A Lua Nova de Escorpião de 1 de Novembro foi regida por Marte e Plutão, ambos em oposição de Caranguejo para o Capricórnio -e em grau exacto esta segunda feira mas em órbita toda a semana. Em cima de todas as guerras já em curso tememos agora uma escalada no Médio Oriente e um conflito aberto nos EUA sobre o resultado das eleições que ocorrem esta terça feira dia 5. E sabe-se lá que mais.. nos nossos horóscopos natais esse conflito nos Céus reflecte-se nas casas do mapa onde estiverem as cúspides de Leão e Capricórnio. Difícil não o estarmos a sentir na pele para além dos media..

É neste estado de tensão pessoal e colectiva que decorre a semana, a última semana em que Plutão está em Capricórnio. Dia 11 de Novembro, na próxima segunda feira, o planeta da transformação profunda, da morte e renascimento, do controlo a qualquer preço, do poder sem rosto das grandes corporações e finanças, sai de Capricórnio onde tem estado desde 2009 e entra no signo do Aquário onde vai estar ao longo dos próximos 20 anos. É coisa sempre séria o ingresso de Plutão num signo e podemos aproveitar esta semana de alta tensão entre o passado e o futuro da organização, estrutura, ordem das nossas coisas e das coisas do mundo para nos interrogarmos sobre quem somos individualmente e como queremos contribuir para a sociedade.

Esta questão não é inocente nem é uma divagação. Prende-se à oposição a Plutão que Marte está a fazer partir desta segunda feira já em Leão. No ultimo grau do Caranguejo Marte defendia a segurança emocional, familiar ou nacional, agora em Leão defende a sua identidade. Mas essa identidade pessoal e colectiva tem de ser harmonizada com o lugar na sociedade em transformação acelerada a partir de dia 11 com Plutão em Aquário. Confrontamo-nos assim quanto ao nosso futuro individual e colectivo. Marte em Leão estimula o Ego mas a oposição a Plutão em Aquário sublinha a necessidade de encontrar equilíbrio entre a vontade pessoal e o bem estar comum. O mesmo raciocínio aplica-se às nações: a acção unilateral choca com a ordem internacional e um consenso é urgente.

A resposta, se seguimos o guião dos Céus, pode ser encontrada em Saturno e Urano, os dois regentes do Aquário. Saturno está em Peixes o que sugere que temos de dar forma aos nossos sonhos dentro dos limites de uma qualquer moralidade. Saturno está retrógrado, fica directo na terceira semana de Novembro e daí a necessidade mais premente de nos definirmos ideologicamente antes de agir. Urano também está retrógrado em Touro o que simboliza uma revisão de valores no sentido da inovação e libertação de velhas amarras que se manifestem materialmente. Ou seja, quem queremos ser e como nos integramos no colectivo nesta fase de mudanças profundas no mundo vai depender de quanto estamos dispostos a abdicar de valores dantes considerados seguros e como vamos definir eticamente os pârametros da nossa actuação. estar

Vamos deparar-nos com ambivalência enquanto Júpiter regente dos Peixes estiver em Gémeos e variações sobre como e onde nos investirmos com Vénus regente do Touro -agora em Sagitário -oposta a Júpiter no signo dual de Gémeos. Mais ainda, temos de ter em conta que Marte vai entrar retrógrado a 7 de Dezembro, opôr-se pela segunda vez a Plutão a 3 de Janeiro, – fica directo em finais de Fevereiro- e opõe-se pela terceira vez a Plutão no final de Abril, sempre em torno da cúspide de Leão, numa prolongada ilustração da tensão actual entre o individual e o colectivo. A laia de epílogo, Saturno e Neptuno unem -se em Carneiro em finais de Maio, princípio de Junho quando Júpiter entra em Caranguejo e Urano entra em Gémeos em Julho de 2025 – seremos outros e os valores serão outros mas até lá o processo é complexo, quiçá violento.. ou talvez esteja apenas a reflectir a passagem de Phobos…

Em resumo, toda a semana temos Marte oposto a Plutão- tensão garantida como pano de fundo. Segunda e terça a Lua está em Sagitário em quadratura a Saturno e a Neptuno, sinal de que o optimismo é travado e baralhado. A Lua agrava a tensão Marte/Plutão quinta e sexta pela sua conjunção a Plutão e oposição a Marte: por estar em Capricórnio e Aquário a grande dúvida é que ordem, que sociedade se está a desenhar. Ainda em Aquário no sábado, a Lua faz quadratura ao Sol em Escorpião e quadratura a Urano em Touro: a pulsão de ruptura faz-se sentir no colectivo. Domingo a conjunção da Lua a Saturno é mais um sinal de repressão das emoções e dos ideais… Espera-nos para a semana uma Lua Cheia em Touro conjunta a Urano no dia num extremar da volatilidade que temos vindo a presenciar, com Plutão já em Aquário. (link para video de R.I. na Tribo Astral sobre Plutão que Revolução) Depois de 11 de Novembro temos duas décadas pela frente para que, em suma, esperemos, a responsabilidade pessoal seja vivida como uma responsabilidade no colectivo assim como a responsabilidade de cada país tenha em consideração o interesse global, tão importante para enfrentar por exemplo as alterações climáticas…

Uma Boa semana

Imagem. Phobos a tapar o Sol a Marte- Nasa

Terça feira dia 5 as 8.30 pm hora de Lisboa, aula/ workshop sobre os actuais trânsitos e o exemplo das eleições nos EUA. Pré-inscrição por mail para rositaiguana@mac.com. Números limitados.

Consultas: mail para rositaiguana@mac.com