Estamos prontos para outro eclipse?

Esta é uma semana de crises de consciência, um tempo de intuirmos o que nos serve e não serve e com honestidade emocional acabar o que está por acabar e eliminar cargas obsoletas. A Lua está em quarto minguante o que é a fase para concluir aquilo que iniciamos na Lua Nova de 23 de Agosto e que vimos atingir alvos na Lua Cheia e eclipse do passado dia 7. No final desta semana, no domingo 21 teremos oportunidade, de facto, de fechar as últimas portas e gavetas e lançar as sementes de um novo e extraordinário ciclo lunar que arranca com um eclipse do Sol, ocultado pela Lua em Virgem: não há lugar para o ego na nova fase, apenas para integrar o sentido prático e de serviço no tratamento de valores universais. Isto em termos gerais porque um a um, signo a signo, céu a céu e dependendo dos aspectos aos nossos planetas e casas natais, podemos sentir impactos muito concretos no trabalho, na saúde, na gestão do quotidiano com a certeza de que um capitulo acabou e está na hora de viver diferente.

Como referência do que pode este eclipse do próximo domingo 21 representar historicamente ou nas nossas vidas, é bom olhar para as datas do eclipses da mesma série que anteriormente ocorreram a 19 de Julho de 1917, a 30 de Julho de 1935, a 9 de Agosto de 1953, a 20 de Agosto de 1971, a 31 de Agosto de 1989 e a 11 de Setembro de 2007. O impacto dos eclipses roda em torno de 6 meses. Que marcos foram esses e o que aprendemos de ciclo em ciclo? Estas datas aliás têm incidências relevantes por exemplo na história da Russia que também é marcada pelas conjunções entre Saturno e Neptuno agora em curso e até Março de 2026.

A caminho de se unir ao Sol no grau analítico de 29 graus de Virgem no domingo 21, a Lua está segunda e terça 15 e 16 no signo do Caranguejo a pedir atenção à casa, familia, nacionalismos, em particular e de forma mais exacerbada e conflituosa na terça porque faz conjunção a Júpiter e quadratura a Marte em Balança. O dramatismo é maior na quarta feira porque a Lua ao entrar em Leão faz oposição a Plutão em Aquário excitando o confronto entre sentido de identidade/ individualismo e as forças colectivas. Na quinta há mudanças energéticas importantes. Mercúrio entra em Balança o que significa que procuras falar de forma justa e equilibrada à procura de consensos mas Vénus que rege e Balança está em Virgem- estão como se diz em recepção mútua – e será nos detalhes que dividem e não nos diálogos unificadores que o foco vai estar. Mais ainda, céus de trovoadas ameaçam já ribombar por cima das boas tentativas porque Venus aproxima-se dos 0 graus de Virgem de onde fará quadratura a Urano em Gémeos – que pode ter impactos financeiros importantes e súbitos por volta de sexta 19, antes do eclipse e Marte aproxima-se também de uma bélica quadratura a Plutão ao entrar em Escorpião, para a semana, logo a seguir ao eclipse.

Face a este cenário e porque o eclipse é em oposição a Saturno e a Neptuno retrógrados e trigono a Plutão e a Urano, abraçamos a mudança em plena consciência, com o maior número de assuntos arrumados e cuidados tomados.