Energias para a Semana 30/11-7/12/25: A Morte XIII e o Sol XIX

Por Clara Days:

Ideias-chave: renovação e afirmação; metamorfose à vista de todos; substituo as minhas cargas com confiança.

Será que temos condições para desencalhar a nossa situação? As cartas dão-nos um sinal positivo, talvez esta semana de Lua Cheia nos permita fazer progressos. No entanto, será preciso que saibamos largar de vez o que já não cabe na nossa vida, pois só assim a conseguiremos iluminar.

Primeiro, vejamos o que nos diz a Morte: ela pede que nos libertemos dos padrões, das relações que nos afundam, das ideias velhas e gastas, enfim, do que já não faça sentido na nossa vida. Esta libertação poderá trazer consigo alguma dor, efectivamente – mas o vazio que fica não é para ser preenchido de coisas inúteis ou caducas, antes nos dá o espaço renovador onde podemos renascer, transformados. Temos a inspiração necessária para operar transformação, assim sejamos capazes de aceitar deixar cair o que já não serve.

Com o Sol, é-nos apresentado um tempo de expansão pessoal e afirmação da individualidade. Mostramos quem somos, com confiança, percebendo que a nossa afirmação é generosa e que podemos transmitir optimismo aos que nos rodeiam. Com a sua energia sentimos reforçada a nossa capacidade de intervir de modo autêntico e eficaz. Não sendo necessariamente um indicador de sucesso, é sobretudo um potenciador para o conquistarmos, com entusiasmo e integridade.

Associando as mensagens dos dois Arcanos, temos um resultado que nos parece convocar na esfera pessoal e na esfera pública, com elementos que podemos sentir como contraditórios:

Primeiro, temos o esforço de largar algumas das nossas cargas para ganhar espaço onde nos renovemos, uma metamorfose que geralmente se faz em intimidade. Pode ser o resultado do trabalho dos últimos tempos, inspirados por energias de contenção, meditação e auto-análise, com o Dependurado e o Eremita, mas desta vez somos inspirados para passar à prática, libertando-nos voluntariamente do que nos pesa e atrasa, ainda que isso nos custe.

Ora, o Sol é a energia que opera “às claras”, mostrando-se na sua autenticidade, uma exposição em que pretende que nos engrandeçamos. Para o Sol, eu partilho-me com os outros e nessa partilha me enriqueço, iluminando à minha volta. Isto contraria a nossa ideia de metamorfose, processo geralmente realizado em espaço recolhido, longe dos olhares alheios. Como fazê-lo na esfera pública? Eis o desafio.

É como se nos seja dito que podemos mudar profundamente (com a Morte, não é para menos) e fazer isso à vista de todos, quem sabe se para servirmos de exemplo, ou porque só assim o conseguiremos. Parece haver na nossa mudança iminente um potencial de partilha que será benéfico, pois a energia do Sol é essencialmente positiva.

A cada um, agora. o trabalho de adaptar às suas circunstâncias os conselhos aqui explanados. E uma boa semana para todos nós!

Imagem : White Sage Tarot, de Theresa Hutch, 2018

Clara Days

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