2026- Perspectivas até à Primavera- parte 1

Como vai ser 2026? Qual é a narrativa que os Céus propõem? Qual é o planeta personagem principal, qual o enredo de fundo? Quais os planetas e estrelas actores secundários- porém fundamentais, onde se eclipsa a luz da Lua, para onde aponta a Cabeça do Dragão? A quem vai tocar mais a história e de que maneira? 

Estou à vários dias a virar as páginas do livro de Efemérides, a consultar a net em busca de calendários de acontecimentos relevantes com correlação com as posições dos planetas no próximo ano, a pedir às amigas astrólogas que dêem também uma olhada e há, de facto, uma história que se desenha, mês após mês e que tem inequivocamente Marte  – o planeta motor interno da força, da coragem, da ambição e motor externo dos golpes, das cirurgias, da inflamação, dos conflitos e da guerra  – como mestre de cerimónias. 

Estamos por isso perante um ano de acção. Em 2025, quantas vezes não achamos que, face a tantas situações pessoais e políticas, deveria haver um desenlace? Obras que não acabavam, relações que não se definiam, guerras sem vitorioso, escândalos sem consequência, confusões e passar de responsabilidades pantanosas? É isso que está a chegar ao fim, largamos as energias da Terra e da Agua para nos movermos atiçando no Ar, com convicção,  o Fogo das iniciativas, doa a quem doer…

Não será já em Janeiro. Vamos ter de esperar por meados de Fevereiro para sentir essa erupção que há 9 mil anos que não se verifica… Em Janeiro,  é no escuro que tudo se está a preparar… e as correlações não são boas… Quando digo no escuro é porque, a partir de 6 de Janeiro, Vénus torna-se uma “estrela” da noite, conjunta a Marte e conjunta também a Mercúrio, todos,  tal como o Sol, em Capricórnio, unidos nos fatídicos graus de 20 a 22 em que ocorreu a conjunção Saturno/Plutão em Janeiro de 2020, a seguir à qual o mundo parou por causa do Covid… ( Vénus só emerge como estrela do dia a 24 de Outubro de 2026). Mais ainda, 90 por cento das guerras mais relevantes e quedas de bolsas ocorrem sempre com Vénus estrela da noite… Com o planeta da comunicação, lógica e negócios- Mercúrio- mais o planeta das relações pessoais, políticas e financeiras- Vénus e o planeta da afirmação e guerra- Marte- juntos no escuro da noite, no signo da estrutura, organização, governo, algo está a ser “ cozinhado “  que em termos colectivos só devemos ver com alguma claridade depois do eclipse anular do Sol a 28 graus de Aquário, a 17 de Fevereiro. Como não controlamos os processos colectivos, o melhor que podemos fazer individualmente é aproveitar também este escuro da noite para organizar as nossas intenções e esperar pelo momento propício para as trazer à luz. A última semana de Janeiro anuncia já essas mudanças colectivas com Marte a fazer conjunção a Plutão em Aquário e Neptuno a entrar em Carneiro – signo regido por Marte , no dia 27, um dia a ter em atenção: os dados estão lançados. 

Fevereiro é uma sucessão de mudanças energéticas e revelações. Começam no dia 4 com Urano a entrar directo no signo do Touro, nos 27 graus, o que vai provocar, até que entre em Gémeos,  a 26 de Abril, uma aceleração das mudanças de valores que temos estado a reformular. Vamos ter de largar rapidamente muita coisa que já não terá lugar neste novo mundo que se desenha em 2026. Isto pode traduzir -se em tantas coisas… desde o fim de padrões de valores financeiros, – a serem substituídos por moedas digitais  ou outros sistema inovador- a inteligência artificial na resolução de questões da Terra e a permear tudo o que era dantes palpável- já está a acontecer – livros e discos digitais, cartas digitais, até casamentos digitais- e há um sem fim de novas aplicações… Urano directo em Touro obriga-nos a descartar o que já não vai ser preciso “ter em mãos”.  Urano rege o Aquário onde está Marte e Plutão e por isso as implicações são sociais, colectivas, globais.  

De 13 para 14  de Fevereiro, é Saturno que entra em Carneiro onde já está Neptuno- segundo as tabelas, de facto, há 9 mil anos que não se encontravam neste signo que Marte rege e que simboliza o impulso de começar, o arranque de ciclo, a vontade que aconteça.. Com a particular relevância que se vão encontrar no grau 0 de Carneiro, um grau particularmente relevante porque está associado ao despertar de um ciclo de vida, à força de abrir novos caminhos, à energia cardinal de Fogo, o “ponta-pé” inicial em tudo…  

Vamos esquecer para já que Saturno e Neptuno estão em Carneiro. Vamos ver apenas o que significa a sua conjunção e a que eventos relevantes históricos estão co-relacionados.  Neptuno simboliza ideais/ideologias/ fantasias/ sonhos/ estados alterados de consciência/ imagens e projecções. Saturno é o planeta da forma/ estrutura/ gestão/governo, poder,  controlo, Tempo. Quando se unem, está lançada a semente do sonho a que vamos dar forma, da ideologia política, do domínio da fé e outras variantes.. e que marcam as mudanças dos Tempos.. 

A história da Rússia é um exemplo clássico destes ciclos: o assassinato de Alexandre II, a revolução russa, a morte de Stalin e a queda do Muro do  Berlim são os grandes marcos dos desenvolvimentos políticos desde o século XIX na Rússia e todos, todos, todos aconteceram nas conjunções de Saturno e Neptuno respectivamente em Touro, Leão, Balança e Capricórnio… Um novo ciclo na história da Rússia parece assim inevitável, mais ainda porque Putin vai ter Saturno oposto ao seu Sol em Balança em Junho e ele próprio, porque nasceu em 1952 e tem no seu mapa Saturno e Neptuno conjuntos em Balança, é mais vulnerável á repetição do ciclo…  A conjunção de Fevereiro a 0 graus de Carneiro  deve por isso provavelmente abrir novas perspectivas para a vida política da Federação Russa…

A seguir, a Lua Nova e eclipse anular do Sol a 28 graus de Aquário no dia 17 de Fevereiro tem repercussões directas nos horóscopos dos EUA e de Donald Trump. No Céu dos EUA, o eclipse ocorre conjunto à Lua que simboliza o povo e as mulheres,  o que pode despontar sentimentos públicos de rebelião dada uma tomada de consciência colectiva, catalisada por sentimentos de insegurança. Por ser tão próximo temporalmente da conjunção Saturno/Neptuno em Carneiro, é como se houvesse uma passagem do estado colectivo nebuloso, que a presença destes planetas no signo anterior de Peixes veio a suscitar, para uma fase activa de identidade nacional em que que individualismo prima. Um eclipse anular do Sol mostra-nos um anel de Fogo sendo que Marte a 20 graus de Aquário está na órbita do eclipse, a incitar os movimentos colectivos. No Céu de Donald Trump eclipse ocorre exactamente no eixo Ascendente /Descendente o que pode simbolizar inimigos declarados que afectem a sua imagem. 

No fim de Fevereiro Mercúrio entra retrógrado em Peixes e há que reflectir sobre as ideias que estamos a defender… Em termos pessoais, Fevereiro pede que daqui para frente, com Saturno e Neptuno em Carneiro e Marte seu regente em Aquário, tenhamos a disciplina da coerência: temos que agir e manifestar apenas o que a consciência nos dita. O que sentimos, o que pensamos, o que dizemos e o que fazemos têm de estar alinhados e será essa coerência que nos deve conduzir na abertura de novos caminhos de vida no mundo em mudança. 

Sem descanso, Março arranca com novo eclipse, desta vez da Lua a 12 graus de Virgem. Pede que se abra mão de velhos padrões de organização, serviço, hábitos. Por ser conjunto ao Nódulo Sul ou Cauda do Dragão, reforça essa necessidade de largar amarras práticas ao passado e reforça por isso toda a narrativa de mudança ilustrada pelos ingressos, eclipses e actividade de Marte em Fevereiro. Em termos colectivos, é de salientar como o grau deste eclipse afecta vários planetas do horóscopo do presidente do Canada Mark Carney, ocorre na casa 1 do Céu de Donald Trump, em quadratura ao seu Urano natal e é conjunta a Neptuno nos Ceus dos EUA, simbolizando, neste caso, tempo de tomada de consciência de logros e outros enganos. Mercúrio que rege a Virgem está em trânsito, retrógrado, em queda, em Peixes, a fazer-nos navegar em águas confusas de desinformação, num caldo ansioso do qual temos de sair por volta de dia 15, quando Mercúrio e Marte fazem conjunção ao Nódulo Norte porque o caminho exige clareza, honestidade, coerência e a capacidade de enfrentar confusões e más notícias. É um tempo de sobriedade em que emos simultaneamente de reprimir desejos espontâneos com Vénus em Carneiro conjunta a Saturno e Neptuno mas essa seriedade pessoal ou disciplina política imposta é o que permite, graças a Júpiter agora directo em Caranguejo, recomeçarmos a expandir a segurança emocional, familiar, domestica, nacional… Claro que esta entrada directa de Júpiter pode também trazer uma exacerbação das manifestações de identidade nacionalista com Marte em Peixes a afirmar crenças, guerras ideológicas etc… certamente um mês que exige sentido prático, adaptabilidade e cabeça fria… 

Esse exagero e confusão está patente no horóscopo do Equinócio a 20 de Março. O Sol está conjunto a Neptuno e a Saturno no arranque de Carneiro e neste signo também se encontram a Lua Vénus e Quíron, quadrados a Júpiter em Caranguejo. Tudo o que se fizer tem uma grande marca ideológica de defesa e expansão da casa, da família, da nação, como motor de transformação colectivo dado o sextil  que Plutão faz a Mercúrio, Nódulo Norte e Marte em Peixes. E assim começa a Primavera… 

Segue-se nos próximos dias a continuação das perceptivas para 2026… agradeço questões e comentários… 

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