Esta segunda-feira assinala o príncípio de uma semana que é um marco importante no desenrolar das transformações pessoais, financeiras e políticas em curso. Há três eventos astrológicos e correlações a considerar:
Em primeiro lugar, o pano de fundo da mudança em que forças autónomas, representantes de interesses individuais ou colectivos chocam com as propostas de alterações estruturais em curso, fomentadas pelas dívidas financeiras ou hipotecas de bens. Urano em Carneiro exige acção rápida, novos paradigmas, explosão de sentimentos, dá respostas de ruptura. Plutão em Capricórnio destroi em profundidade a organização tradicional, doméstica, financeira ou nacional e hipoteca essas mesmas estruturas a novas forças poderosas. A quadratura de ambos revela uma tensão gigante entre os dois propósitos e a necessidade de ajustamento, pela força da crise. Deste esta semana até 2015, Urano e Plutão farão sete quadraturas exactas e manterão sempre o estado de tensão entres dois vectores. Vamos por isso assistir, desde já e nos próximos três anos, para além do que se passar na nossa esfera pessoal, a profundas alterações em regimes políticos, sistemas administrativos, organizações internacionais e em particular em tudo o que tiver a ver com finanças partilhadas, dívidas e sistemas de créditos e hipotecas, regidas especificamente por Plutão.
Em segundo lugar, dá-se esta semana, no dia 6, um fenómeno raro que ocorre apenas de 105 em 105 anos, em pares. Trata-se de uma ocultação de Vénus ou seja, uma conjunção visível de Vénus ao Sol. Esta de dia 6 é a resposta ou par da que ocorreu a 8 de Junho de 2004. Simbolicamente Vénus representa o dinheiro, o bem estar, as relações pessoais e financeiras. Em trânsito no signo de Gémeos ilustra ambivalências, opções várias e trocas comerciais, bancárias. A sua ocultação naturalmente pode simbolizar um ponto chave de transformação de valores. Na ocultação de 2004 a bolsa na Índia teve a sua maior queda em 129 anos e isso afectou o resto dos mercados e um estudo da Goldman Sachs demonstrou que a Espanha era o país mais vulneravel, numa lista de 19 a alteração da taxas de juro ou a uma situação de recessão- temos agora a Espanha em franca crise! As ocultações anteriores de 1874 e 1882 correspondem a um período de grande depressão, que começa um ano antes, em 1873, com vários panicos bolsistas e o grande crash da Bolsa de Paris em 1882.
Há também uma correlação entre fenómenos naturais que afectem a Terra ( regida por Vénus) e estas ocultações, fazendo estas parte fundamental do calendário Maia. Será de observar qual a tradução na Terra deste fenómeno astral, que abalos ou benecesses dele decorrerão. Uma interpretação é segura, a de que a comunicação será fundamental no decorrer do processo. Como o Nódulo Lunar Norte está no signo oposto, em Sagitário, virão a lume os limites das formas de comunicação e a necessidade de estabelecer novas formas de expressão que permitam mais segurança, mais riqueza, mas sempre com nova abertura , isto porque Júpiter, regente de Sagitário ainda se encontra em Touro ( também regido por Vénus).
E por último, o eclipse parcial, hoje, da Lua, a 14 graus de Sagitário. Esta Lua cheia exacerba as crises de fé, as nossas visões dos princípios que devem governar a vida e o mundo e põe em cheque, por isso, tudo o que nos rege. Como se aquilo que dissemos e defendemos até agora tenha chegado a um ponto que requer atenção e transformação. Praticamente oposto a Vénus, regente das finanças e riquezas o eclipse pode representar virmos a assistir ( Lua rege o público) a uma alteração fundamental do discurso financeiro ( por Vénus se encontrar em Gémeos) por parte de quem detem o poder. A quadratura de Marte em Virgem à Lua e a Vénus e ao Sol em Gémeos traduz-se em maior tensão financeira e disputas políticas.
Este eclipse opõe-se ao eclipse de 10 de Dezembro passado, data em que o Conselho Europeu se dividiu sobre a adopção de um novo tratado ou acordo de controlo orçamental. O Reino Unido rejeitou e apesar dos outros países terem adoptado o princípio, a crise não deixou de se agravar. Desde então, novos governos em França e na Grécia também levantam objeções ou sugerem novas políticas compensatórias e em Espanha, o governo de direita, apesar de querer evitar uma intervenção externa está à beira de necessitar de ser resgatado ou encontrar uma solução original, aceite pelos parceiros, o que não será fácil. Assim, este eclipse vem por em causa tudo o que até agora tem sido defendido, acentua as crises e pede novas respostas. Segue-se a ocultação da Vénus que reforça a necessidade de novos acordos financeiros e logo de seguida entramos nas quadraturas de Urano a Plutão, marcos de contestação, ruptura e transformação do sistema. Como Júpiter a partir de dia 12 deixa Touro e entra em Gémeos, vemos reforçadas situações polarizadas e um intenso debate. Neptuno entra retrógrado no dia de ocultação de Vénus simbolicamente representando a necessidade de revermos os nossos ideais. E assim se caminha para a Cimeira Europeia do final do mês, em simultâneo com a entrada em moção directa de Saturno em Balança o que demonstra simultaneamente a dificuldade e a necessidade de se reverem acordo, parcerias e respeitar a especificidade das partes negociais. Saturno em Balança quer justiça financeira, equilibrio entre os parceiros, tratados justos. Mas a quadratura Urano/Plutão denuncia as rupturas do caminho.
( Pode ver neste blog, nos artigos fixos, mais informação sobre os trânsitos lentos, os eclipses e previsões para o desenrolar da crise financeira)
Deixe uma Resposta