Estamos em vésperas de Mercúrio entrar retrógrado até 21 de Novembro, um período longo que, por ser em Escorpião e à partida conjunto a Vénus, nos vai obrigar a rever todas as situações de bens partilhados, empréstimos, dívidas, ou relações em que tem de haver um renascer das cinzas para que possamos passar a uma fase seguinte de desenvolvimento. Hoje, com a Lua em Vénus, conjunta a Júpiter e semi-quadrada ao Sol em Escorpião, co-existe o optimismo, esperança e ideia de futuro com o travão imposto pela necessidade de controlo dos processos – que sabemos não ser fácil e vir ainda a exigir todo o trabalho a fazer durante a retrogradação de Mercúrio que amanhã se inicia. É como se a Luz da conjunção da Lua e Júpiter não pudesse ignorar as sombras do que há que resolver em Escorpião entre o que controlamos, o que partilhamos, o que queremos vir a dominar e acima de tudo no que conseguimos iluminar das nossas próprias pulsões para não mais as alimentar. A complicar ainda mais estes processos está a quadratura de Marte em Balança a Plutão em Capricórnio, que dura quase mais uma semana e revela o conflito entre a necessidade de pormos ordem nas relações, eliminando algumas e fazendo novos acordos e a força da ordem pré-existente de que estamos dependentes. Ou seja, não podemos fazer que queremos, como queremos, quando queremos. Há forças maiores que nos condicionam e que para serem ultrapassadas exigem pragmatismo e auto-controlo. E se tudo parecer hoje muito complicado, amanhã, com a Lua em Capricórnio em trígono a Urano em Touro, podemos ter novas ideias que abram o caminho da revisão da matéria a que Mercúrio retrógrado obriga.
Quinta, 31/10/19 – Esperanças e limites

A Good Sahmain to you, Beloved. May the sorrow for your lost mentor teach your heart to grow ever more open, tender, clear and strong.
Thank your dear Betsy!