Esta semana de Lua Cheia-luzes, limites e mudanças

O mês começa com uma Lua Cheia em Peixes, na madrugada de quarta feira, uma Lua sob a qual estamos divididos entre o sonho e a realidade, entre o que é do espírito e do prático, a compaixão e o sentido crítico. Isto acontece pela oposição da Lua ao Sol em Virgem, signo onde também se encontra o seu regente Mercúrio, oposto ainda a Neptuno em Peixes, que rege a Lua Cheia.

É assim grande a tensão entre o emocional e o racional mas não nos perdemos nem nas nuvens nem em lágrimas. Um trígono do Sol a Urano em Touro acorda-nos para a necessidade de encontrar soluções inovadoras para velhos problemas e é na área do íntimo, doméstico, familiar que tudo se joga com Vénus, regente do Touro, nos últimos graus do Caranguejo até ao final da semana.

Assim, de segunda a domingo, percorremos os últimos passos da depuração de amarras desnecessárias a bens, relações, hábitos, dependências sentimentais ou instintivas, com Vénus em oposição a Plutão e a Saturno retrógrados em Capricórnio até que entra em Leão no domingo, em quadratura à Lua que chega nesse dia a Touro- que Vénus rege.

É como se na Lua Cheia de quarta feira culminasse essa tensão entre o desejo e o possível e a resposta que dessemos fosse um “vamos a isso, o que tem de ser tem de ser” e com pragmatismo e atenção aos detalhes abandonássemos material e sentimentalmente muito do que temos carregado já sem necessidade.

Na tarde de quinta, na sexta e no sábado, com a Lua em Carneiro vem o tempo de agir sobre estas mudanças da matéria e do espírito cuja dicotomia foi exacerbada na Lua Cheia. No entanto toda a acção vem com reservas, restrições e a necessidade de muita paciência e auto-controlo. É que Marte que rege o Carneiro está e estará até Janeiro do próximo ano em quadratura a Saturno, aspecto de tensão imensa entre o querer e o poder que se traduz ou em frustração ou em abusos de autoridade e na dificuldade de navegar independente e voluntariosamente as circunstâncias, limites ou regras que nos são impostas.

Na sexta feira, a Lua conjunta a Quíron faz um quintil a Saturno e este aspecto é chave para melhor lidar com os limites ou contrariedades. Com este quintil conseguimos intuir que não estamos presos nas teias da matéria e transformar a inação ou solidão em reflexão criativa. Quanto mais firmes ficarmos no nosso sentido de identidade de certa forma livre de desejo e apenas fixo no presente, melhor dados os últimos passos de transformação de paradigma no sábado em que Vénus chega ao último grau de Caranguejo que a Lua rege, sob uma quadratura de Marte, conjunto à Lua, ambos quadrados a Saturno.

É importante criar solidez emocional na sexta para lidar com a potencial zanga de sábado. A tensão pode ser libertada através do exercício físico ou criativo sem se passar ao conflito. Não se trata de nos reprimirmos mas sim de canalizar a tensãoparaalgo que nos torne mais fortes e é com a inteligência e sentidoprático do sextil de Mercúrio em Virgem em sextil a Vénus e em trígono a Saturno que estabilizamos o mar de emoções e fechamos mais um capítulo.

No domingo Mercúrio entra em Balança, Vénus em Leão e a Lua em Touro. Vamos querer brilhar, estamos capazes de dar, dialogar mas ao mesmo tempo há uma passividade que não é mais do que a capacidade de ter emoções como pés na Terra e receptividade aos novos valores de vida que se impõem a partir de segunda feira quando a Lua fizer conjunção a Urano.

Este é um resumo dos Céus para a primeira semana de Setembro. Enquanto puder escrever apenas com dois dedos não farei posts diários mas não deixarei de cobrir os principais ingressos ou mudanças de direção dos planetas do horóscopo. Boa semana para todos e os melhores votos para a Filipa L. no dia 4.