Este Inverno….

Este Inverno…. acaba… acaba a ordem centrada no velho mundo, acaba a hegemonia ocidental baseada na conquista, conversão religiosa, colonização e exploração, acaba muita coisa… Entre uma ordem e outra há sempre algum estado de confusão ou caos e é isso que nos espera até 2026 quando mais facilmente começaremos a poder construir outros alicerces que definam o que vai ser este ciclo de Plutão em Aquário/Urano em Gémeos/Saturno Neptuno em Carneiro.

Plutão em Aquário impõe estruturas abstractas, universais. Trouxe a passagem do politeísmo ao monoteísmo por Constantino no império romano, do algoritmo em Bagdad na idade de ouro do Islão, o Cisma da igreja católica e ortodoxa, a tipografia móvel na China, a revolução cientifica de copernico e a separação d igreja anglicana de roma, a revolução democrática e principio do fim do colonialismo com a independência dos EUA e a separação da Igreja e do estado. Cada cerca de 244 anos, está em Aquário e cá estamos nós agora, sob a sua energia desde 20 de Novembro sendo que até final de 2026 não ultrapassa os 5 graus. Os exemplos da História, vemos têm um padrão de revolução conceptual, política, social, religiosa e cientifica/tecnológica. Estamos por isso a entrar num novo mundo e são os restantes planetas que nos podem dar mais indícios sobre como poderá vir a ser. No entanto, os programas de computador não encontram aspectos semelhantes aos que vamos estar sujeitos, nem na pré-História. É mesmo um novo mundo… Nunca houve um trígono entre Plutão em Aquário e Urano em Gémeos nos 0 graus que tenha recebido um sextil de Saturno e Neptuno conjuntos no grau Zero de Carneiro!!!! Não temos termos de comparação do quadro total, apenas podemos somar as partes sabendo que seremos sempre surpreendidos. E não podemos esquecer que também no final do Inverno os Nódulos saem do eixo Balança/Carneiro para o Norte entrar em Peixes e o Sul em Virgem- o que traz para estes signos a próxima serie de eclipses/encruzilhadas sobre ideias/ideais de futuro e como os por em prática.

Indo por partes, começamos por este Inverno, o último do tal velho ciclo de hegemonia ocidental e dos poderes tradicionais politicos, religiosos e de organização social e das fronteiras físicas, sociais e psíquicas derivadas . As grandes marcas astrais deste Inverno são, como vimos, Plutão em Aquário e o fim do ciclo de Neptuno em Peixes. Demora cerca de 165 anos a dar a volta ao Zodíaco e a última vez que esteve em Peixes foi entre 1847 e 1865. Em Peixes Neptuno dissolve conceitos que se pensavam universais, divinos. No último ciclo, Charles Darwin abalou todas as ideias religiosas com a sua teoria sobre a origem das espécies e a guerra do ópio e o orientalismo também contribuíram para que se encontrasse o divino noutras experiências e crenças. Quando Neptuno entrou em Carneiro, signo do Fogo da Primavera e da afirmação da vontade própria começou – no dia a seguir!!- a guerra civil nos EUA , as guerras da Prússia e insurreições contra o império russo, entre outras… cada uma das partes nos conflitos imbuídas da fé das suas convicções mais profundas. Neptuno vai entrar em Carneiro a 30 de Março de 2025 e Saturno entra também em Carneiro a 27 de Maio de 2025. Estão conjuntos com a diferença de um grau até Julho de 2025, ( os ciclos de conjunção Neptuno/Saturno marcam sempre crises/mudanças de regime na Rússia). Logo também em Julho, Urano entra em Gémeos e temos o tal primeiro caso na História de um trígono entre Plutão e Urano em signos de Ar – Aquário e Gémeos, – alimentado pela conjunção Saturno Neptuno em Carneiro, no primeiro Fogo: é o primeira experiência como seres novos numa sociedade nova. Neptuno em Carneiro dissolve egos e sintoniza-nos com outras expectativas, Saturno conjunto faz-nos nos sentir os limites e as responsabilidades individuais nessa nova abstração e condição. Com o sextil a Plutão participamos numa sociedade de novas estruturas abstractas financeiras e sociais e com o sextil a Urano em Gémeos teremos a oportunidade de usar todas as novas tecnologias de informação e comércio, block chain, cripto moedas, IA e sabe-se lá que mais para administrarmos a nossa vida pessoal, num mundo em profunda mudança. Não será para todos ao mesmo tempo, nunca é, mas o padrão de desenvolvimento deve passar por aí, em particular para quem tiver planetas pessoais ou ângulos nos zero graus de Aquário, Gémeos ou Carneiro ou nos signos que lhes opõem ou fazem quadratura.

Tudo isto para dizer que este Inverno é o tempo da dissolução final das estruturas de governo politico, social, administrativo e financeiro que estiveram ainda agarradas à velha ordem. Em termos pessoais é tempo de redefinir identidade e participação no colectivo. Há datas críticas a ter em conta, a ver nos mapas do fim do texto:

Dezembro

1- Antes do Solstício de Inverno temos esta semana dia 15 uma Lua Cheia em Gémeos em que já está manifesta a oposição entre Marte e Plutão que fica exacta a 3 de Janeiro e ocorre pela ultima vez em finais de Abril. Já escrevi sobre este trânsito aqui mas o resumo é que é um aspecto de violência entre o pessoal e o colectivo como se ambas as forças se confrontassem sem vontade de integração. Nesta Lua cheia as emoções rápidas da Lua em Gémeos também se confrontam com o desejo ou força de sabedoria do Sol em Sagitário e as quadraturas a Saturno e a Neptuno dificultam sabermos o que é verdade ou não. Um trígono de Mercúrio a Marte e o seu sextil a Plutão e a Vénus aconselha a falarmos com conhecimento de causa e não pela voz da emoção.

2- O aspecto mais difícil do Solstício a 21 de Dezembro é a quadratura do Sol acabado de ingressar em Capricórnio, ao Nódulo Norte a 2 graus de Carneiro, trígono a Marte e a Mercúrio, como se a acertividade e pensamento correcto chocassem com a ordem das coisas, mais ainda porque Saturno que rege o Solstício está em Peixes oposto à Lua em Virgem. O Inverno começa assim com tensão entre as iniciativas e a força da ordem, a tensão entre a acção individual e as forças colectivas, a frustração emocional e limites à organização desejada e crises sociais latentes com Venus em Aquário a avançar para uma quadratura a Urano. Sinais complicados …Neste contexto o Vaticano inicia as celebrações do Jubileu a 24 de Dezembro.

Janeiro

3- A 3 de Janeiro fica exacta a oposição Marte Plutão que marca todo o período festivo. Com a Lua conjunta a Venus a 0 graus de Peixes estamos super empáticos com qualquer desgraça ou violência que acontecer ou tenha vindo a acontecer desde meados de Dezembro. Começa a desenhar-se o triângulo exósceles entre Plutão, Neptuno e Urano a que Saturno se juntará na Primavera.

4- A 13 de Janeiro uma Lua Cheia em Caranguejo na orbita de conjunção de Marte e de opoisição a Plutão ao qual o Sol está tecnicamente conjunto alerta já com agressividade e repressão – Saturno conjunto a Vénus em Peixes- para o novo cenário global uma semana depois, a 20 e 21 de Janeiro com o ingresso do Sol em Aquário conjunto a Plutão, a mesma conjunção Saturno Venus e uma conjunção confusa de Neptuno com o Nódulo Norte. É o dia da tomada de posse de Trump nos EUA. Com estes Céus e a Lua em quadratura em Escorpião, sua entrada em funções vem com marca autoritária e caótica.

5- A Lua Nova em Aquário no dia 29 de Janeiro com bons aspectos a Jupiter e bons aspectos também de Marte a Venus e Saturno já nos coloca noutra base de compreensão do que se pode vir a passar, que sementes estão a ser semeadas de que colectivamente possamos vir a beneficiar.

Fevereiro

6- Os primeiros dias de Fevereiro, 1, 5 e 7 têm uma marca neptuniana forte- a tal marca da dissolução que este Inverno traz e que em Fevereiro se traduz no fim de velhas ilusões místicas, religiosas, ideológicas. Atenção também às instituições que ordenam tudo o que é do domínio do espírito ou regimes políticos que combinam o poder religioso, porque a sua autoridade pode estar em vias de revisão. No dia 1, Venus está conjunta a Neptuno, à Lua e ao Nódulo norte a 27 graus de Peixes, o que é mesmo muita emoção, muita água, muita fé em dissolução.. Segue-se dia 5 a entrada de Júpiter que rege os Peixes, directo em Gémeos e dia 7 Mercúrio que rege os Gémeos faz conjunção ao Sol a 18 graus de Aquário. Vamos ficar a saber qualquer coisa importante que explicará esses estados de espírito e o que está em aberto com as mudanças em curso .

7- A Lua Cheia a 24 graus de Leão a 12 de Fevereiro acontece em quadratura exacta a Urano em Touro. Esperar o inesperado e estar pronto a aceitar que há novos valores que nos obrigam a deixar para trás medos, ego, amigos ou investimentos é o melhor a fazer, apesar de estarmos a resistir com Marte em Caranguejo em trígono a Saturno e a Vénus… mas Neptuno nos últimos graus de Peixes também não nos deixa ser convictos do que quer que seja.

8- Até ao fim de Fevereiro temos o Sol a entrar em Peixes dia 18, Marte a entrar directo a 17 de Caranguejo no dia 25 e no dia 28 uma Lua Nova em Peixes a 9 graus. São dias cheios de oportunidades mas temos de fazer a nossa própria sorte…

Março

9 – Março é mês de eclipses e do Equinócio da Primavera. O mês começa com Vénus a entrar retrogrado em Carneiro e a passar o resto do mês muito próxima ou mesmo em conjunção com Mercúrio que também entra retratado no dia 15, simbólico de tempo de reavaliação, interiorização do que desejamos para o novo ciclo que começa não só com o equinócio mas também com o fim do ciclo de dissolução de Neptuno em Peixes.

10-O primeiro eclipse de Março é dia 14 a 23 graus de Virgem, parcial da Lua, com Saturno conjunto ao Sol e oposto à Lua. Descaradamente tempo de por fim a ilusões e tratarmos dos detalhes com toda a seriedade.

11- Equinócio dia 20 de Março as 9.03 da manhã! Importantissimo este equinócio porque é no grau 0 de Carneiro que Saturno e Neptuno vão tocar na Primavera e de seguida em 2026 tornando cada uma mais responsável pela suas ideias e pela ideia de si. Conjunto a Neptuno a Vénus e Mercúrio, trígono à Lua, activando já o isósceles Plutão Neptuno Urano, este equinócio deixa-nos respirar o futuro e sentir que podemos mudar e fazer mudar.

12- Março acaba com um eclipse parcial do Sol a 9 graus de Carneiro no dia 29 a que se segue o ingresso de Neptuno em Carneiro no dia 30 e uma conjunção de Mercúrio e Venus retrógrados a 28 de Peixes em trígono a Marte que dura até 15 de Abril. Um eclipse semelhante ocorreu a 29 março 2006 e antes ainda a 29 de Março de 1987. Autonomia, indepen~enca, espírito guerreiro estão em causa. É um tempo importante para re.avaliarmos a relação com nós próprios, quem somo agora depois da dissolução de ideais de Neptuno em Peixes. Importante não seguir impulsos – estamos em território desconhecido e contenção e atenção são chaves a partir de agora…

Para a semana, depois deste Inverno, a Primavera…

Até lá,

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