Julho 2019: Dois eclipses, começos, fins e cuidados já a olhar para 2020

Este mês de Julho de 2019 anuncia o caminho agitado que nos vai levar individual e colectivamente para uma nova ordem estrutural logo no arranque de 2020. As pessoas dos signos do Caranguejo e do Capricórnio, assim como do Carneiro e da Balança ou cujo Ascendente ou Lua ou planetas pessoais estiverem em graus próximos dos eclipses a que vamos assistir em Caranguejo e Capricórnio serão quem mais vai sentir a força de mudança mas, em geral, é nas casas do horóscopo onde tivermos estes dois signos em oposição que vamos viver impulsos transformadores do processo que culmina em Janeiro do próximo ano quando Saturno e Plutão fizerem conjunção em Capricórnio.

Este eixo do Caranguejo/Capricórnio é o eixo onde vivemos, por um lado, o íntimo e, por outro, o público ou estrutural: a casa, família, sensação de “ninho” e também os sentimentos nacionalistas  versus as responsabilidades profissionais, regras políticas e a segurança emocional que se confronta com os limites externos. É nestas áreas que somos chamados a mudar de rumo neste Julho, com um primeiro eclipse total do Sol na Lua Nova de 2 de Julho a 10 graus do Caranguejo e com um eclipse parcial da Lua a 24 graus de Capricórnio no dia16 de Julho. Só a Lua Nova de dia 1 de Agosto, já em Leão, com Vénus e Marte também em Leão é que nos fará sentir mais firmes no nosso processo de afirmação pessoal, criativo ou amoroso.

É preciso ver o contexto astral dos eclipse para podermos melhor enquadrar os seus impactos:

No dia 2, a Lua e Sol conjuntos estão a apenas 7 graus do Nódulo Norte em Caranguejo ao qual a Lua também faz conjunção horas depois de eclipsar totalmente o Sol. Como o Nódulo Norte indica o futuro, a via a seguir, este eclipse aponta para a possibilidade de entramos numa nova etapa de construção de casa, familia, ninho, rotinas ou tradições, tudo o que é simbolizado pelo Caranguejo e que numa Lua Nova é o terreno onde  semeamos as bases do que apostamos vir a dar satisfação e segurança. Com Marte recém entrado em Leão onde já está Mercúrio, ambos tecnicamente em quadratura a Urano em Touro,  não é fácil afirmarmos a nossa individualidade e novos valores, mas não deixamos de o fazer. E para que isso vingue, como o Sol que rege o Leão sofre um eclipse total, temos mesmo de olhar em frente e estar prontos a largar velhos orgulhos ou narcisismos, trocando essas atitudes por outras mais viradas para a atenção e cuidados que podemos dar aos que nos são queridos.

Dados os impactos do eclipse temos a necessidade de passar o resto do mês a reflectir sobre tudo o que dissemos a mais e a repôr  a harmonia entre o que se pensa, o que se diz e o que se faz porque logo a 8 de Julho, Mercúrio em Leão entra retrógrado, conjunto a Marte, ambos em quadratura a Urano em Touro e em trígono a Quíron em Carneiro.

No momento em que Mercúrio começa a sua retrogradação  – que dura até à Lua Nova seguinte, em Leão,  de 1 de Agosto, –  a Lua está em trígono a Plutão para de seguida entrar em Balança onde vai fazer quadratura a Vénus já nos 5 graus de Caranguejo, em quadratura a Quiron. Este primeiro dia de Mercúrio retrógrado dá o tom para todo o período: para conseguirmos esse bem- estar com nós próprios, em familia, em casa ou como nação, temos de medir bem a agressividade ou assertividade com que  afirmamos as mudanças profundas que estamos a realizar,, com base numa reflexão sobre quem somos e como vamos defender a identidade própria sem que isso se represente um processo apenas egocêntrico.

Dois dias depois, a 10 de Julho, torna-se mais claro para onde vamos e o que estamos a deixar para trás, no caminho percorrido desde o eclipse do Sol no dia 2. Este faz agora conjunção ao Nódulo Norte em Caranguejo e oposição exacta a Saturno em Capricórnio, conjunto ao Nódulo Sul, com aspectos respectivos de trígono e de sextil a Neptuno em Peixes: Sonhamos? Vamos em frente, mesmo que seja um ir em frente indo para o lado, como faz o Caranguejo, tendo a oportunidade pelo aspecto a Saturno de construir uma nova rede de suporte para o novo ninho que estamos a criar para nós próprios e para os nossos e três dias depois, com o Sol oposto a Plutão, apesar da intensidade com que vamos querer dominar o processo e a construção dessa nova realidade emocional, há que ter alguma flexibilidade e abrir mão do controlo que desejamos ser total mas que não o pode ser porque o tempo e as perspectivas para o futuro, com Urano em Touro em sextil a Vénus em Caranguejo, pedem uma atitude diferente..

Esse processo de alinhamento para o futuro tem necessariamente impacto na ordem em que temos estado inseridos e é essa ordem ou a nossa ligação emocional a ela que tem de desaparecer na Lua Cheia em eclipse parcial em Capricórnio no dia 16 de Julho. Sabemos que estamos a ir para o futuro porque estamos a acabar com o passado. Nesse dia 16, o Sol e a Lua estão opostos, com a Lua conjunta a Plutão e com Vénus em Caranguejo conjunta ao Nódulo Norte e oposta a Saturno e ao Nódulo Sul em Capricórnio: extremam-se posições e a síntese ou resolução de conflito entre a velha ordem e o futuro que desejamos passa por resfriar as emoções e submeter os empolgamentos ao sentido prático, sem deixar por isso de ir atrás do sonho que nos move, dado o trígono de Vénus e Nódulo Norte a Neptuno em Peixes.

De dia 16 de Julho até à Lua Nova de Leão a 1 de Agosto, há que ir com cuidado para passar bem em revisão tudo o que deve ser corrigido nesse processo de afirmação de uma nova segurança pessoal em casa ou no país, para garantir que estamos a inovar sem narcisismos.  Na Lua Nova de 1 de Agosto Mercúrio está escionario para de seguida entrar directo em Caranguejo em oposição a Plutão e Urano está em quadratura exacta a Vénus, Sol e Lua em Leão. Estaremos certamente mais firmes sobre em quem somos e o que desejamos mas temos uma vez mais de ser flexíveis e deixar cair falsos orgulhos para melhor tolerar o choque de circunstâncias que não controlamos e nos apanham desprevenidos, inevitáveis dados os aspectos de Urano.

A 26 de Dezembro próximo um eclipse anular do Sol e Lua Nova a 4 graus de Capricórnio precede um eclipse de penumbra da Lua Cheia a 10 de Janeiro de 2020,  a 20 graus conjunto à tão esperada conjunção de Saturno e Plutão em Capricórnio. Estamos no desfecho deste processo de dois anos de re-organização de vida e da ordem pessoal, nacional e internacional, doméstica, política e financeira. Quanto mais atenção ao que realmente importa e abertura ao novo desde os eclipses de Julho até ao início de 2020, melhor aproveitaremos os benefícios que se anunciam com a entrada de Júpiter em Capricórnio, a partir de Novembro.

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