A começa começa com a Lua em Sagitário a fazer-nos desejar tudo menos rotinas, restrições ou problemas e por isso as emoções puxam-nos na direcção contrária à de encarar a realidade e as tensões que derivam da responsabilidade que temos na organização das coisas e no equilíbrio das relações.
O Sol está em Balança em quadratura a Saturno, depois de na última semana ter feito quadratura a Júpiter e Plutão e oposição a Marte. Têm sido dias de alta tensão e conflito em que as circunstâncias e forças externas puseram em causa todo os tipos de relacionamento com Vénus em Virgem a chamar-nos a atenção para os detalhes, a saúde, as contas e a necessidade de dedicação e serviço para que as mudanças em curso na estrutura da vida ocorram de forma mais tolerável. Vénus faz esta semana trígono aos planetas em Capricórnio aos quais o Sol fez quadratura na semana passada o que ajuda a encontrar métodos para lidar com os impactos, restrições e colarmos as peças partidas .
Também nesta segunda-feira, Mercúrio retrógrado em Escorpião está em oposição exacta a Urano em Touro, aspecto que se vai repetir na Lua Nova de 15 de Novembro quando Mercúrio estiver directo. Mercúrio rege a comunicação, os cálculos, o mental. Urano rege a mudança súbita, a revelação, a inovação. Mercúrio em Escorpião,retrógrado procura ir ao fundo da avaliação do controlo que temos das situações. Urano em Touro diz-nos que há que encontrar novos valores que nos guiem. A oposição de ambos obriga-nos a ser hoje flexíveis, abertos às informações que o dia trouxer, capazes de ajustar planos e encontrar razão em argumentos inovadores. O choque ou confronto entre o que achamos que podemos controlar e o que se revela não estar já nas nossas mãos tem de ser o motor para revermos a forma como exercemos a vontade e como ela entra em conflito com as forças da realidade. Isto porque Marte regente do Escorpião está retrógrado em Carneiro em quadratura aos planetas em Capricórnio e porque Vénus, regente do Touro onde está Urano e da Balança onde está o Sol, transita a Virgem apelando a cuidados e dedicação a esse lento mas inexorável processo em curso de transformação das estruturas da sociedade, com o trígono aos planetas em Capricórnio.
Mercúrio, Marte, Urano, Neptuno e Quiron estão retrógrados. Estamos a ser obrigados a rever a lógica de poder, o exercício vontade, o que de facto devemos valorizar na vida e a razão de sentir tanta frustração. Tudo isto se passa num cenário aberto no final de Setembro, princípio de Outubro em que Júpiter, Plutão e Saturno entraram directos em Capricórnio, forças históricas a canalizarem desde a sua conjunção em Janeiro uma nova organização individual e colectiva. Estamos contrariados com a sua quadratura ao Sol e a Marte mas está na hora de reflectir como pode ser de outra maneira e qual a responsabilidade individual nesse processo colectivo.
Com o Nódulo Norte em Gémeos regido por Mercúrio e a Lua no signo de Sagitário onde está o Nódulo Sul parece haver em simultâneos duas hipóteses ou respostas contraditórias para tudo o que aspiramos saber. De facto, a resposta está na aceitação destes tempos ambíguos e de que a nossa razão não tem sempre de vingar. Pés na Terra, mente focada e a busca da verdade são representados na parte cavalo, parte homem e a flecha do símbolo do Sagitário. Agora vemos que a flecha tanto pode acertar á esquerda como à direita. Atiremos para onde dita a consciência mas saibamos viver em tolerância da pontaria dos outros. Este exercício será lento – dura até Janeiro de 2022 – e os eclipses neste eixo que começaram em Junho, serão os semáforos que colectivamente nos chamam a atenção para a re-orientação ética em curso. O próximo será a 30 de Novembro e o seguinte, o último deste ano, a 14 de Dezembro.

Deixe uma Resposta