Seis planetas em Aquário marcam esta semana em que uma Lua Nova na quinta feira dia 11 nos permite abrir um novo capítulo no modo como estamos a viver a nossa vida social, a nossa integração no colectivo. Saturno e Júpiter estão em Aquário desde Dezembro passado, símbolos contraditórios de contração e expansão que bem ilustram a co-existência dos sombrios confinamentos obrigatórios e da luz que a possibilidade de vacinação traz. É a este quadro que Vénus e Mercúrio retrógrado acrescentam simultaneamente um foco nas relações pouco convencionais, independentes, socialmente inovadoras- estamos todos no zoom…e a necessidade de rever a lógica de sociedade em que estamos envolvidos e como utilizamos a liberdade de expressão. E para nos convencer que é mesmo preciso por a energia vital e as emoções ao serviço do interesse comum, Sol e Lua unem-se em Aquário na quinta feira empurrando-nos para opções menos convencionais, modelos experimentais de organização da vida social de que todos possamos beneficiar.
No entanto, a presença de Marte em quadratura a Júpiter, Vénus, Mercúrio, Sol e Lua e a presença de Urano também em Touro, em quadratura a Saturno são o revés da inovação iluminada e humanista que uma leitura simples dos planetas em Aquário encorajaria. Não, Marte em Touro não quer mudar nada de repente, quer ter a certeza que qualquer acção é fundamentada, que o realismo se impõe. E Urano em Touro que contrariamente a Marte, exige urgência na adopção de novos valores choca brutalmente em quadratura com as restrições sociais que Saturno em Aquário impõe.
Um trígono entre Marte em Touro e Plutão em Capricórnio, ambos em sextil a Neptuno em Peixes, diz-nos que lentamente vamos forjando novas estruturas políticas, sociais, financeiras mas que estas dependem de uma grande carga ideológica…que os Céus nos poupem dos extremistas que se dizem inovadores..
Desde Janeiro de 2020 que os Céus exigem mudanças profundas na organização colectiva e isso tem estado a acontecer com custos elevados por via do Covid e do seu impacto global . Em Fevereiro de 1962, quando pela última vez Jupiter e Saturno estiveram em Aquário- apesar de não estarem conjuntos como agora – também o Sol, Lua, Mercúrio, Vénus e Marte se encontraram em Aquário numa Lua nova e eclipse total do Sol no dia 5 de Fevereiro desse arranque da década de 60. Tal como então o mundo mudou com a Pop-Art, a pílula, os hippies e o não à guerra do Vietnam, também agora estão a ser lançadas as sementes de reorganização social com inovação tecnológica, contestação da ordem e movimentos sociais diferentes, com exigências diferentes. Nada vai acontecer de repente, mais ainda porque Mercúrio está retrogrado, mas a Terra foi revolvida com a conjunção de Saturno Plutão em Capricórnio de 2020 e neste Fevereiro, nesta Lua Nova, as sementes vão ser semeadas. Chuva não falta…
Tela de Keith Harring, anos 60

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