12-18/7/21 : Nesta semana, o capítulo em aberto é o da casa, família, segurança emocional, todas as áreas em que tendemos a ser rígidos, a responder instintivamente, agarrados a memórias, projecções, medos ou tradições. Ora do que se trata agora é de olhar para essas heranças, essas amarras antigas, e realizar que não precisamos delas, que temos de criar uma nova realidade emocional, um novo “ninho” próprio, livre de ónus e encargos do passado, livre da tendência de recúo para o que é conhecido, livre das sombras de nós próprios. Isto é sugerido na sequência da Lua Nova em Caranguejo do final da semana passada, em trígono a Neptuno, aspecto que o Sol em Caranguejo perpetua toda a semana até que, por força maior, sábado e domingo, em oposição a Plutão em Capricórnio, chegamos ao momento inevitável do processo, de olhar, pensar e sentir a nossa segurança interior, habitacional ou nacional de um modo novo, com uma estrutura bem diferente.
Essa revelação das vulnerabilidades e a possibilidade de nos recriarmos – idealizando uma nova segurança – derivadas da Lua Nova em Caranguejo em trigono a Neptuno, – são os motores do que, com empenho e arte, é o nosso veículo de transformação, a chegar a nova encruzilhada na oposição do Sol a Plutão no final desta semana. Vénus e Marte em Leão, também toda a semana em conjunção em Leão, aos quais se une a Lua logo na segunda feira, são o feminino e o masculino , a sensibilidade e a vontade que, em uníssono, agitamos convictos, conscientes do que desejamos e de como exercer esse querer novo, diferente.
Claro que há atribulações mas também já as conhecemos… É no cenário de confronto com a autoridade, com as regras, com os limites e obrigações, alimentado pelo impulso de liberdade e de inovação – que são o reflexo da segunda quadratura do ano entre Saturno em Aquário e Urano em Touro- que estas forças de mudança se manifestam, alimentadas pela nossa progressiva emancipação interior que tem de se reflectir no modo como vivemos, onde vivemos, seja casa seja país que exigem um novo cenário. A quadratura de Urano e Saturno já se está a afastar e só voltará a repetir-se no final do ano. Com Saturno retrógrado, são as imposições sociais que estão em modo de revisão e como Plutão também está retrógrado, já era tempo de irmos ao fundo dessa transformação, aproveitando os tempos de mudança que a todos tocam.
Esta é a semana em que Júpiter retrógrado ainda está em Peixes e em que Mercúrio entra em Caranguejo. Em trígono, ajudam-nos a falar dessas mudanças emocionais ou na nossa envolvência. Traduz-se este aspecto numa lógica ou sentido prático que favorece a criação dessas novas bases apoiadas também na revisão do que as inspirou. Júpiter para a semana regressa a Aquário e as considerações sociais podem vir a soprepor-se ao pessoal, íntimo que é o foco dos próximos sete dias.
A Lua em Leão na segunda activa a quadratura de Urano a Saturno e faz conjunção a Marte eVénus. Por mais que queiramos estar acima das turbulência, é impossível não ter sobressaltos emocionais. Em Virgem na terça ajuda-nos a olhar aos detalhes do que queremos mudar, pelo sextil a Mercúrio e oposição a Júpiter, sem esquecer o grande plano. Na quarta, em trígono a Urano e oposta a Neptuno facilita a inovação idealizada. Quinta, em sextil ao Sol e trígono a Plutão dá-nos a satisfação do progresso e ingressa pela tarde em Balança pondo o foco nas relações, na estética, na justiça, no equilíbrio das coisas. Na sexta o trígono a Saturno traz-nos relações estáveis o que facilita aguentar a turbulência da oposição do Sol a Plutão. Não podemos controlar tudo… a Lua em Escorpião todo o fim-de-semana faz-nos aprender a lição de que o único controlo que podemos ter é sobre nós próprios. É essa também a lição da oposição do Sol em Caranguejo a Plutão em Capricórnio. Seguramo-nos se estivermos firmes nos nossos próprios alicerces e não dependentes dos outros ou do que é dos outros.
Céus!!! Rosita Iguana 
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