Elevemo-nos, para podermos estar em sintonia com o mais profundo de nós. Procuremos o silêncio, o recato da noite e a luz suave do luar. Na verdade, sabemos bem, não é em qualquer terreno que o espírito floresce…É hora para a Sacerdotisa nos acompanhar, levantando o véu dos mistérios por revelar. Então, a racionalidade e a lógica dissolvem-se, deixando respirar o nosso Eu interior. Não há raciocínio, há receptividade. Não há inteligência, há intuição. Na verdade, todos trazemos dentro muito mais do que alguma vez se possa ver ou mostrar.
Nem sempre é fácil encontrar a paz interior necessária para o espírito se manifestar, mas é importante criar condições para que isso possa acontecer, e está ao alcance de todos. É preciso que estejamos dispostos a tal e nos concentremos, exercitando a nossa capacidade de meditar. Há que deixar o pensamento soltar-se, a cabeça esvaziar-se de preocupações ou ansiedade, para que a força da Sacerdotisa possa fluir. Como quem adormece, demos espaço para que o que é puro, mas invisível, nos invada, acreditando que desse modo encontraremos uma verdade mais íntima e profunda, o nosso ser mais primordial e poderoso.
Em harmonia com o Todo, a Sacerdotisa leva-nos para dentro de nós, estabelecendo a conexão entre o que é íntimo e o que é universal. Será um tempo pouco produtivo? Talvez, se o analisarmos numa perspectiva meramente utilitarista: com a Sacerdotisa, não estamos em modo de fazer, ou sequer de planear. E, no entanto, o estado de harmonia interior que ela nos pode proporcionar é a base mais sustentada para qualquer decisão ou empreendimento. Entremos então dentro de nós, para podermos elevar-nos. É um trabalho invisível e pessoal, de busca da harmonia interior. Se nos dispusermos a isso, a Sacerdotisa guiar-nos-á e, a seu tempo, acederemos ao melhor que somos capazes. A Sacerdotisa não faz, ela subjaz.
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