Júpiter e Saturno são os planetas mais longínquos visíveis a olho nu, observados desde a Antiguidade nos seus encontros e confrontos pelas constelações do sistema solar.
Pela observação e verificação da correlação das suas conjunções com eventos mundanos, tornaram-se sinónimos, -cada vez que se unem num signo, – de um novo começo, como uma Lua Nova, – não de qualquer maneira mas sim com a qualidade de expansão de Júpiter e a capacidade de organização de Saturno, sob a inspiração da constelação que os acolhe. Kepler, por exemplo, sugeriu que a estrela de Belém não era uma estrela mas sim a combinação da luz de Júpiter e Saturno em conjunção…
Júpiter e Saturno encontram-se cada cerca de 20 anos, mais ou menos em graus exactos, seja qual for o modo de calcular essas conjunções – a partir do equador celeste, na elíptica do sistema solar ou seguindo um terceiro sistema que tem em conta a posição do observador. Algumas semanas separam as conjunções segundo cada um dos sistemas.
Em Dezembro próximo, unem-se no último grau de Capricórnio a 17 de Dezembro, fecham um ciclo e abrem outro em Grande Conjunção em Aquário no dia 20, sete semanas depois da sua conjunção heliocêntrica – que coincidiu com as eleições nos EUA…. Não faziam conjunção em Aquário desde Janeiro de 1405!!! Desde então, apesar de cada vinte anos combinarem as suas energias, foi noutros signos que se cruzaram, tendo tanto no século XIX como no seculo XX sido maioritariamente sob os signos de Fogo.
O que é que se passou de maior em 1405 que nos possa dar pistas sobre o simbolismo da combinação da abertura de horizontes, desenvolvimento e conhecimento com a estrutura, a ordem, e a mudança de poder?
As fontes são unanimes: 1405 foi o ano em que começaram os descobrimentos marítimos, uma revolução social consequência da exposição de descobridores aos descobertos, os novos conhecimentos e o domínio ou expansão de pode que isso representou.
A China dominava as técnicas de navegação e construção naval e foi um eunuco muçulmano chinês Zheng He, a comandar uma frota de 200 navios e quase 30 mil marinheiros e soldados, quem abriu o caminho da exploração dos mares do Sudeste Asiático e do Índico. Júpiter e Saturno não podiam estar melhor representados ao abrir estes horizontes a Oriente que os Portugueses continuaram a partir de 1415 para Ocidente, com a conquista de Ceuta e os primeiros capítulos dos Descobrimentos e da sua soberania marítima, que deu “novos mundos ao mundo”- é mesmo Júpiter em Aquário…
Seiscentos e quinze anos de exploração depois, já pouco resta para descobrir na Terra e nos Mares. É possível especular que a chegada a Marte ou o turismo espacial possam vir a fazer parte do ciclo que esta conjunção de Júpiter e Saturno em Aquário vai abrir.
Sem especular -e seguindo apenas a simbologia, – esta Grande Conjunção é sinal de uma revolução social, em que por um lado se abrem e expandem horizontes de inovação no contacto social por meio das novas tecnologias – e por outro há grandes responsabilidades, limites e regras a seguir para a estruturação dessa nova organização colectiva, sob os raios de Urano.
Urano que rege o Aquário está em Touro, simboliza aqui a inovação tecnológica, um novo uso da Terra e dos recursos da Natureza, a inteligência artificial a regular o mundo palpável e a redefinir onde é que vale a pena investir.
Pode ser uma revolução mas não será caótica apesar de poder vir a haver grande contestação social em 2021 durante as quadraturas de Saturno a Urano entre os que querem ir mais depressa e os que querem voltar para trás.
Vai ser Saturno em Aquário o poder que vai regular o mundo globalizado a viver sob um tecido único tecnológico, dos 3 aos 5 G e sob o impacto de um vírus – o macro e o nano que a todos afectam.
Tivemos já a experiência de Saturno em Aquário- brevemente – de Março a Maio, quando Saturno entrou em Aquário, – depois retrogradou e fica em Capricórnio até Dezembro.
Neste arranque de Primavera de 2020, Saturno foi a máscara e o confinamento total a que todos estivemos sujeitos nos quatro cantos do mundo. Saturno foi repressão, foi a imposição de regras sobre o colectivo mas foi também a chamada de atenção para o facto de cada qual, com o seu Saturno e a sua responsabilidade, poder contribuir para o bem comum.
Júpiter em Aquário é o movimento oposto ao confinamento e às restrições. É o apelo de liberdade, de expansão, de desenvolvimento e poder sobre esse colectivo.
A colocação de uma vacina no mercado e a inoculação global que os governos prometem, para o final de Dezembro, de Norte a Sul e Oriente a Poente, coincide com a entrada de Júpiter em Aquário. Permitirá essa liberdade de que estamos sedentos depois deste último ano em que Júpiter transitou sob o regime restritivo do Capricórnio. Júpiter em Aquário abre todas as portas do poder colectivo, na criação de uma sociedade nova que ainda não sabemos como vai ser mas na qual a tecnologia e as novas energias vão certamente alterar o modo como até agora temos funcionado.
Júpiter e Saturno conjuntos em Dezembro estão a abrir o caminho para a entrada de Plutão em Aquário em 2025.
Plutão, o transformador profundo, fechará nessa altura o ciclo que abriu quando esteve em Capricórnio pela última vez e que correspondeu à revolução industrial. Vão acabar os botões e as alavancas…. bastará dizer coisas à Siri dos nossos telemóveis para que as portas se abram ou o carro nos leve sem que seja preciso saber guiar…. eu sei lá….mas vai ser muito rápido…. Vamos mesmo entrar na Era do Aquário…
Aqui estão os horóscopos da última conjunção de Júpiter e Saturno em Aquário em 1405 e da próxima em Dezembro deste ano. Nesta, a semi-quadratura da Lua conjunta a Neptuno em Peixes aos planetas da Grande Conjunção e a quadratura de Marte a Plutão é um bocadinho um corte na fantasia de facilidade que se possamos vir a ter neste processo… vem aí a Era do Aquário mas não chega sem túmultos…


Adoro o conhecimento que transmite. Gratidão.🙏🙏
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Obrigada!!!
… século XIX como no seculo XX sido maioritariamente sob os signos de Terra. Na embalagem do fogo enganou-se e colocou Fogo 🙂
Helena, segundo as tabelas que tenho foi de facto nos signos de Fogo que ocorreram as Grandes conjunções nos séculos XIX e XX: 11 em signos de Fogo e apenas 3 em Terra….porque é que diz que foi em signos de Terra? Tem outra fonte?Obg!
17 July 1802 22:57:00 39′ South 40.6° East Leo
19 June 1821 16:56:57 1°10′ North 63.3° West Pisces
26 January 1842 06:16:53 32′ South 27.1° West Sagittarius
21 October 1861 12:27:02 48′ South 39.7° West Leo
18 April 1881 13:35:59 1°13′ North 3.1° East Aries
28 November 1901 16:37:33 26′ South 38.2° East Sagittarius
10 September 1921 04:13:03 57′ South 9.7° East Leo
8 August 1940 01:13:20 1°11′ North 90.9° West Aries
20 October 1940 04:42:14 1°14′ North 164.0° West Aries
15 February 1941 06:36:25 1°17′ North 72.9° East Aries
19 February 1961 00:07:18 14′ South 34.9° West Sagittarius
31 December 1980 21:17:24 1°03′ South 90.9° West Virgo
4 March 1981 19:14:36 1°03′ South 155.9° West Virgo
24 July 1981 04:13:35 1°06′ South 63.8° East Virgo
28 May 2000 15:56:27 1°09′ North 14.9° West Aries