Da Lua Nova de Escorpião de 15 de Novembro à Lua Nova de Janeiro 2021 – a onda imparável

Potente, intensa, tumultuosa, profundamente transformadora são alguns dos muitos atributos plutonianos da Lua Nova em Escorpião que no domingo 15 de Novembro se revelam. Está apoiada em Marte, seu regente que em simultâneo entra em moção directa. São as sementes e o vector de mudança que, de Lua Nova em Lua Nova, nos próximos três meses, vão pontuar o grande processo de transformação global em curso e de revolução na organização das nossas vidas individuais.

Escura, a Lua Nova é um tempo de interiorização e fecundação do que vai mudar- acaba um ciclo e o seguinte é gradualmente iluminado pelo Sol até à Lua Cheia em que realidade e desejo se confrontam para conciliação de diferenças e correcção de enganos até à Lua Nova seguinte.

Uma Lua Nova em Escorpião é uma Lua de regeneração e neste domingo o desafio mais difícil é sermos capazes de largar velhos padrões de insegurança e controlo. Um sextil do Sol e Lua a Plutão, Júpiter e Saturno em Capricórnio traz-nos as oportunidades que estimulam a re-organização de vida e um trígono a Neptuno em Peixes a inspiração que guie esse processo, mesmo se ainda não sabemos bem para onde vamos- mas vamos com esperança em algo melhor que começa por uma consciência mais clara do que já não é, do que já não somos, e de tudo o que podemos vir a ser- com outro controlo sobre nós próprios.

Marte, ao entrar directo no dia da Lua Nova que rege, é o sinal de que podemos ter iniciativas que alimentem esse processo de regeneração pessoal e colectiva. Mas atenção, nem tudo é possível e, os Céus, desde já e no decorrer dos próximos três meses, vão colocar vários travões a acções impulsivas, egocêntricas, resultantes do exercício da vontade cega. São energias que se vão traduzir em confrontos, repressão, frustração, com Marte, até meados de Janeiro, em quadraturas a Plutão, Júpiter e Saturno, signos com os quais já fez conjunção em Janeiro passado quando um virus forçou o mundo a parar e a re-organizar-se e que agora, onze meses depois, na quadratura, testam o caminho percorrido e forçam uma gestão individual e colectiva sustentável. Esta é simbolizada pela conjunção de Saturno e Júpiter em finais de Dezembro em Aquário.

Espreitar as Luas Novas que se seguem à de Escorpião deste domingo 15 de Março, é espreitar as encruzilhadas e sinais a seguir nos próximos três meses, até que possamos mais facilmente aderir a novos valores, livres de muito ónus e amarras emocionais, materiais, de poder, de que ainda dependíamos. Em Janeiro próximo, Urano vai entrar directo em Touro e, como rege o Aquário onde estarão Júpiter e Saturno, o investimento que fizermos, emocional, financeiro, a relação com a Terra e com o que de facto nos alimenta de corpo e alma poderá, a partir daí, começar a ter novos contornos porque será também diferente a inteligência que nos regirá do que vale a pena, para cada um e para o interesse colectivo. Urano entrará directo logo a seguir à Lua Nova de Capricórnio, a 23 graus, a 13 de Janeiro. Foi a 22 graus de Capricórnio que Plutão e Saturno fizeram conjunção em Janeiro do ano corrente, rebentando com a ordem e perspectivas existentes por força de um virus que se tornou o inimigo comum do mundo inteiro.

Nessa mesma altura de Janeiro passado, também Urano entrou directo para nos indicar que essa desordem exigia novos valores para nos re-ordenarmos individual e colectivamente noutro design, com outra consciência do que vale a pena defender. Em Janeiro de 2021, essa Lua Nova, um grau acima da conjunção de Saturno e Plutão nos 22 graus de Capricórnio em Janeiro de 2020, simboliza bem o facto de estarmos um degrau acima na reconstrução da organização pessoal e colectiva, com Urano a possibilitar-nos, novamente, a libertação de velhos padrões de valores e a aceitação de novos.

Pode ser o Euro digital, pode ser mais inteligência artificial, pode ser um maior investimento na preservação da Natureza, pode ser, em casa, o limpar de armários e de memórias alimentados de valores do passado – que já não têm lugar no futuro. Mas será em Janeiro, depois dessa Lua Nova, quando Urano entrar novamente directo e Marte não fizer mais quadratura a Saturno e tiver passado a libertadora e explosiva conjunção com Urano a 20 de Janeiro – no dia da tomada de posse do presidente dos EUA- que estaremos a avançar mais rápido para um futuro, ainda desconhecido, mas mais esclarecido do que agora. ..

Depois da Lua Nova de hoje e antes da Lua Nova de Janeiro, temos a Lua Nova de Dezembro que eclipsa totalmente o Sol a 14 de Dezembro. Esta Lua Nova e eclipse coincidem com o encontro do Colégio Eleitoral dos EUA a quem cabe a voz final sobre os resultados eleitorais. Lua, Sol e Nódulo Sul estarão em Sagitário e o Nódulo Norte em Gémeos com Mercúrio seu regente também conjunto à Lua e ao Sol. Em Sagitário a Lua Nova aponta o futuro, novos horizontes, a abertura ao conhecimento e a uma realidade livre da carga emocional do Escorpião, mais orientada para a Verdade, e potencial de expansão. No entanto, o Sol desaparece nesta Lua Nova em eclipse em Sagitário e Neptuno espreita de Peixes em quadratura às Luminares e aos Nódulos, baralhando, confundindo, toldando o que se desejava que fosse o fosse um golpe e o fim de um conceito. Mais ainda, o Nódulo Norte em Gémeos marca em permanência a possibilidade de duas leituras para uma mesma verdade- a explosão de falsas notícias e polígrafos correspondeu a entrada dos nódulos lunares neste eixo. A quadratura de Neptuno mais vai perturbar qualquer esclarecimento que pudesse derivar, de forma linear, deste eclipse do Sol e Lua Nova que à partida poderia semear uma nova perspectiva, optimista, construtiva, de futuro. É uma Lua Nova e eclipse onde a aceitação de um rumo único é difícil de antever, apesar do trígono de Marte que no entanto está em quadratura aos planetas em Capricórnio. Mas é um eclipse total do Sol conjunto ao Nódulo Sul e um marco no encerrar de perspectivas passadas mesmo que haja ainda dúvidas sobre o guião a seguir. Esse é o que teremos na Lua Nova de Janeiro acima descrita.

Assim, temos pela frente três etapas, três Luas Novas- a de hoje em Escorpião, a de Dezembro em Sagitário, a de Janeiro em Capricórnio que nos vão dar 1- a possibilidade de regenerar, 2- a possibilidade de adoptarmos uma nova perspectiva de vida, 3- a possibilidade de construir essa nova realidade. Marte directo na primeira Lua Nova dá nos a energia para renascer, Saturno e Júpiter em Aquário depois da segunda Lua Nova estimulam a sustentabilidade dos propósitos, Urano directo depois da terceira Lua Nova da-nos a liberdade para valorizarmos outras coisas e apostarmos na construção de um futuro diferente menos hiérarquico, mais responsável. Pode ainda não ser assim para todos, mas é uma onda imparável.

R.I.

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